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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Escritor Moacyr Scliar Morre nessa madrugada




Biografia
Moacyr Jaime Scliar nasceu no dia 23 de março de 1937 no hospital da Beneficência Portuguesa, em Porto Alegre. É o filho mais velho do casal José e Sara Scliar, que chegou ao Brasil em 1904, vindo da Bessarábia, na Rússia.
Em 1943, começou os estudos na Escola de Educação e Cultura, onde sua mãe chegou a lecionar. Em 1948, transferiu-se para o Colégio Rosário. Sete anos mais tarde, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde se formou em 1962. Especialista em Saúde Pública e Doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública, exerceu a profissão junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência.
Ele se casou em 1965 com Judith Vivien Olivien, com quem tem um filho, Roberto. Foi professor visitante na Brown University (Department of Portuguese and Brazilian Studies) e na Universidade do Texas (Austin), nos Estados Unidos.

Seu primeiro livro, publicado em 1962, foi Histórias de Médico em Formação, contos baseados em sua experiência como estudante. Scliar é autor de outras 73 obras em vários gêneros: romance, conto, ensaio, crônica, ficção infanto-juvenil. Os trabalhos foram publicados em muitos países: Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Inglaterra, Itália, Rússia, Tchecoslováquia, Suécia, Noruega, Polônia, Bulgária, Japão, Argentina, Colômbia, Venezuela, Uruguai e Canadá.
Desde a década de 1970, é colaborador da Folha de S. Paulo e, há cerca de 15 anos, é cronista do jornal Zero Hora, onde escreve sobre medicina, literatura e fatos do cotidiano.
O médico e escritor é o sétimo ocupante da Cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras. Ele foi eleito em 31 de julho de 2003, na sucessão de Geraldo França de Lima e recebido em 22 de outubro de 2003 pelo acadêmico Carlos Nejar.

Bibliografia

O carnaval dos animais - 1968
A balada do falso Messias - 1976
Histórias da terra trêmula - 1976
O anão no televisor - 1979
Os melhores contos de Moacyr Scliar - 1984
Dez contos escolhidos - 1984
O olho enigmático - 1986
Contos reunidos - 1995
O amante da Madonna - 1997
Os contistas - 1997
Histórias para (quase) todos os gostos - 1998
Pai e filho, filho e pai - 2002
Mistérios de Porto Alegre - 2004

Romance
A guerra no Bom Fim - 1972
O Exército de um homem só - 1973
Os deuses de Raquel - 1975
O ciclo das águas - 1975
Mês de cães danados - 1977
Doutor Miragem - 1979
Os voluntários - 1979
O centauro no jardim - 1980
Max e os felinos - 1981
A estranha nação de Rafael Mendes - 1983
Cenas da Vida Minúscula - 1991
Sonhos tropicais - 1992
A majestade do Xingu - 1997
A mulher que escreveu a Bíblia - 1999
Os leopardos de Kafka - 2000
Na noite do ventre, o diamante - 2005
Ficção infanto-juvenil 

Cavalos e obeliscos - 1981
A festa no castelo - 1982
Memórias de um aprendiz de escritor - 1984
No caminho dos sonhos - 1988
O tio que flutuava - 1988
Introdução à prática amorosa -1988
Republicado como Aprendendo a amar e a curar - 2003
Os cavalos da República - 1989
Prá você eu conto - 1991
Uma história só pra mim - 1994
Um sonho no caroço do abacate - 1995
O Rio Grande farroupilha - 1995
Câmera na mão, o Guarani no coração - 1998
A colina dos suspiros - 1999
Livro da medicina - 2000
O mistério da Casa Verde - 2000
O ataque do comando P.Q - 2001
O sertão vai virar mar - 2002
Aquele estranho colega, o meu pai - 2002
Éden-Brasil - 2002
Nem uma coisa, nem outra - 2003
O navio das cores - 2003
Histórias de aprendiz - 2004
Um menino chamado Moisés - 2004
O amigo de Castro Alves - 2005
Respirando liberdade - 2005

Crônica A massagista japonesa - 1984
Um país chamado infância - 1989
Dicionário do viajante insólito -1995
Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar - 1996
A língua de três pontas: crônicas e citações sobre a arte de falar mal - 2001
O imaginário cotidiano - 2001
As melhores crônicas de Moacyr Scliar - 2004
Ensaio
A condição judaica - 1987
Do mágico ao social: a trajetória da saúde pública - 2002
Cenas médicas - 2002
Se eu fosse Rotschild - 1993
Judaísmo: dispersão e unidade - 1994
Oswaldo Cruz -1996
A paixão transformada: história da medicina na literatura - 1996
Meu filho, o doutor: medicina e judaísmo na história, na literatura e no humor - 2000
Porto de histórias: mistérios e crepúsculos de Poa - 2000
A face oculta:inusitadas e reveladoras histórias da medicina - 2000
A linguagem médica - 2002
Oswaldo Cruz & Carlos Chagas: o nascimento da ciência no Brasil - 2002
Saturno nos trópicos: a melancolia européia chega ao Brasil - 2003
Judaísmo - 2003
Um olhar sobre a saúde pública - 2003
O olhar médico - 2005

Principais Prêmios

Prêmio da Academia Mineira de Letras (1968), Prêmio Joaquim Manuel de Macedo (Governo do Estado do Rio, 1974), Prêmio Cidade de Porto Alegre (1976), Prêmio Érico Veríssimo de romance (1976); Prêmio Brasília (1977), Prêmio Guimarães Rosa (Governo do Estado de Minas Gerais, 1977); Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (1980); Prêmio Jabuti (1988, 1993 e 2000); Prêmio Casa de Las Américas (Cuba, 1989) pelo livro A Orelha de Van Gogh; Prêmio PEN Clube do Brasil (1990), Prêmio Açorianos (Prefeitura de Porto Alegre, 1997 e 2002). Seu romance A Majestade do Xingu, que narra a história de Noel Nuttles, também judeu e médico sanitarista, além de renomado indigenista, recebeu o Prêmio José Lins do Rego, da Academia Brasileira de Letras (1998); Prêmio Mário Quintana (1999); Prêmio Jabuti (2009) por "Manual da paixão Solitária".

MORTE

O corpo do escritor e médico Moacyr Scliar está sendo velado no salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Ele morreu na madrugada desde domingo (27) aos 73 anos de falência múltipla dos órgãos, no Hospital Clínicas, onde estava internado desde o dia 17 de janeiro. 
O sepultamento deve ocorrer às 11h de amanhã no Cemitério do Centro Israelita, em Porto Alegre. A cerimônia será reservada à família e amigos.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tiririca é escolhido para a Comissão de Educação e Cultura da Câmara

Publicado em 25/02/2011 pelo(a) Wiki Repórter Julio César Cardoso, Balneário Camboriú - SC


Tiririca na Comissão de Educação e Cultura é o reflexo negativo da imagem do Parlamento brasileiro perante o país. Mas, pensando bem, a sua indicação está de bom tamanho, pois representa a falta de qualidade do inchado e inoperante Congresso Nacional, com 81 senadores e 513 deputados, que corroi o dinheiro da nação, abastecido por alta carga tributária de brasileiros.

Afinal, como a Educação e Cultura não são tratadas com seriedade devida no Brasil, Tiririca certamente vai se dar muito bem, trazendo "novas luzes" para a cultura brasileira. E quem sabe, logo, logo será convidado para assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Se o Sarney pode, por que o deputado Tiririca também não pode ser merecedor?

Brasil, Brasil, acorda! O teu Parlamento está virado num verdadeiro circo de políticos mambembes! Chora Rui Barbosa de vergonha, lá de cima, porque a coisa aqui está preta. Não foi este o cenário que o insigne intelectual político baiano legou em sua passagem pela Casa do Povo. Tresloucada Câmara dos Deputados, os senhores perderam o senso!


Você leitor, acha que isso é realmente uma palhaçada?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Série especial do iG mostra por que os adolescentes perdem interesse pela escola, acabam desistindo ou não aprendem o que deveriam

Há duas avaliações possíveis em relação à educação brasileira em geral. Pode-se ressaltar os problemas apontados nos testes nacionais e a má colocação do País nos principais rankings internacionais ou olhar pelo lado positivo, de que o acesso à escola está perto da universalização e a comparação de índices de qualidade dos últimos anos aponta uma trajetória de melhora. Já sobre o ensino médio, não há opção: os dados de abandono são alarmantes e não há avanço na qualidade na última década. Para entender por que a maioria dos jovens brasileiros entra nesta etapa escolar, mas apenas metade permanece até o fim e uma pequena minoria realmente aprende o que deveria, o iG Educação apresenta esta semana  uma série de reportagens sobre o fracasso do ensino médio.



O problema é antigo, mas torna-se mais grave e urgente. As tecnologias reduziram os postos de trabalho mecânicos e aumentaram a exigência mínima intelectual para os empregos. A chance de um jovem sem ensino médio ser excluído na sociedade atual é muito maior do que há uma década, por exemplo. “Meus pais só fizeram até a 5ª série, mas eram profissionais bem colocados no mercado. Hoje teriam pouquíssimas e péssimas chances”, resume Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco, voltado para pesquisas educacionais.
Ao mesmo tempo, a abundância de jovens no País está com tempo contado, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O Brasil entrou em um momento único na história de cada País em que há mais adultos do que crianças e idosos. Os especialistas chamam o fenômeno de bônus demográfico, pelo benefício que traz para a economia. Para os educadores, isso significa que daqui para frente haverá menos crianças e adolescentes para educar.
“É agora ou nunca”, diz a doutoranda em Educação e presidente do Centro de Estudos e Memória da Juventude, Fabiana Costa. “A fase do ensino médio é crucial para ganhar ou perder a geração. Ali são apresentadas várias experiências aos adolescentes. Ele pode se tornar um ótimo cidadão pelas décadas de vida produtiva que tem pela frente ou cair na marginalidade”, afirma.

História desfavorável


O problema do ensino médio é mais grave do que o do fundamental porque até pouco tempo – e para muitos até agora – a etapa não era vista como essencial. A média de escolaridade dos adultos no Brasil ainda é de 7,8 anos e só em 2009 a constituição foi alterada para tornar obrigatórios 14 anos de estudo, somando aos nove do ensino fundamental, dois do infantil e três do médio. O prazo para a universalização dessa obrigatoriedade é 2016.
Por isso, governo, ONGs e acadêmicos ainda concentram os esforços nas crianças. A expectativa era de que os pequenos bem formados fizessem uma escola melhor quando chegassem à adolescência, mas a melhoria no fundamental não tem se refletido no médio.
Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a questão envolve dinheiro. Quando o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) foi criado, em 1996, repassava a Estados e municípios verba conforme o número de matrículas só naquela etapa. “O dinheiro não era suficiente para investir em tudo e foi preciso escolher alguma coisa”, diz o especialista.
A correção foi feita em 2007, quando o “F “da sigla foi trocado por um “B”, de Educação Básica, e os repasses de verba passaram a valer também para o ensino médio. “Só que aí, as escolas para este público já estavam sucateadas”, lamenta Cara.
A diferença é percebida pelos estudantes. Douglas Henrique da Silva, de 16 anos, estudava na municipal Guiomar Cabral, em Pirituba, zona oeste de São Paulo, até o ano passado quando se formou no 9º ano. Conta que frequentava a sala de informática uma vez por semana e o laboratório de ciências pelo menos uma vez por mês.

Em 2010, no 1º ano do ensino médio, conseguiu vaga na escola estadual Cândido Gomide, que fica exatamente em frente à anterior. Só pelos muros de uma e outra, qualquer pessoa que passa por ali já pode notar alguma diferença de estrutura, mas os colegas veteranos de Douglas contam que ele vai perceber na prática uma mudança maior.

“Aqui nunca usam os computadores e não tem laboratório de ciências”, afirma Wilton Garrido Medeiros, de 19 anos, que também estranhou a perda de equipamentos quando saiu de uma escola municipal de Guarulhos, onde estudou até 2009. Agora começa o 2º ano na estadual de Pirituba, desanimado: “Lá também tinha mais professor, aqui muitos faltam e ninguém se dedica.”
Até a disponibilidade de indicadores de qualidade do ensino médio é precária. Enquanto todos os alunos do fundamental são avaliados individualmente pela Prova Brasil desde 2005, o ensino médio continua sendo avaliado por amostragem, o que impossibilita a implantação e o acompanhamento de metas por escola e aluno e um bom planejamento do aprendizado.
A amostra, no entanto, é suficiente para produzir o Índice da Educação Básica (Ideb), em que a etapa é a que tem pior conceito das avaliadas pelo Ministério da Educação. Foi assim desde a primeira edição em 2005, quando o ensino médio ficou com nota 3,4; a 8ª série, 3,5; e a 4ª série, 3,8; em uma escala de zero a 10. Se no ensino fundamental ocorreu uma melhora e em 2009 o conceito subiu, respectivamente, para 4 e 4,6, os adolescentes do ensino médio não conseguiram passar de 3,6.
“A etapa falha na escolha do conteúdo, que não é atrativo para o estudante, e também não consegue êxito no ensino do que se propõe a ensinar”, diz Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil e colunista do iG que escreverá artigos especialmente para esta série, que durante os próximos dias conduzirá o leitor a conhecer o tamanho do problema e refletir sobre possíveis soluções

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Segunda etapa de inscrições no ProUni começa hoje 21/02/2011

A  segunda etapa de inscrições para as bolsas do primeiro semestre de 2011 do
Programa Universidade para Todos (ProUni) começa nesta segunda-feira (21) e vai até quinta-feira (24). Há bolsas de estudo integrais e parciais, de 50% do valor da mensalidade, em instituições de educação superior privadas. O Ministério da Educação não divulgou o horário exato da abertura das inscrições.

Os candidatos que se inscreveram na primeira etapa e não foram pré-selecionados, ou aqueles que foram pré-selecionados para cursos em que não houve formação de turma, podem se candidatar novamente, segundo o Ministério da Educação. Estudantes que não se inscreveram na primeira etapa também podem participar. Aqueles que conseguiram bolsa na primeira etapa de inscrições não poderão participar agora.

Na inscrição, o estudante pode escolher até três opções de cursos e instituições. Para concorrer, os candidatos devem ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010, ter atingido no mínimo 400 pontos na média das cinco notas do exame (ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias e a redação) e ter nota superior a zero na redação.

As inscrições serão feitas exclusivamente pela internet no site do programa. Os candidatos deverão informar seu número de inscrição e senha no Enem 2010 e o CPF.

A primeira chamada será divulgada em 27 de fevereiro e a comprovação dos documentos necessários deverá ser feita até 4 de março. No caso de ainda existirem bolsas disponíveis, será feita uma segunda chamada no dia 13 de março.

Podem se candidatar às bolsas integrais estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais são destinadas a candidatos com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. Além de ter feito o Enem 2010 e ter alcançado a pontuação mínima, o candidato deve ter cursado todo o ensino médio em escola pública, ou em escola particular na condição de bolsista integral.

Professores da rede pública de ensino básico que concorrem à bolsa em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia não precisam cumprir o critério de renda, desde que estejam em efetivo exercício e integrem o quadro permanente da escola.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

"O escândalo da educação no Brasil"



Fico contente quando deparo com uma exposição realista, sem preconceitos da realidade da Educação no Brasil. Devo ressaltar que os artigos abordando o tema da Educação no Brasil de Gustavo Ioschpe publicados na revista Veja merecem especial destaque por propiciar uma visão realista da questão, por suscitar polêmica e por trazer à baila questões do sistema educacional que podem e não devem ficar apenas para apreciação dos especialistas no assunto. Até mesmo fatos aparentemente pouco relevantes como o aluno morar perto da escola são avaliados por este articulista que só escreve sobre educação. Sim, por que estudos existem defendendo o ponto de vista de que ocorre uma relação negativa entre distância da residência do aluno e a escola e o aprendizado dele. Quanto maior a distância casa-escola pior para o desenvolvimento do processo de aprendizagem.

Vejam outra importante observação do mencionado articulista: dois terços do rendimento de aprendizagem entre escolas públicas e privadas se devem não a fatores da escola mas do alunato. Assim, por exemplo, a diferença de renda familiar entre os alunos é um fator mais decisivo entre as escolas privadas e públicas do que os recursos pedagógicos das escolas. Esta observação é importante vez que explica o por que da melhor qualidade dos formandos das universidades públicas que passaram por processo de seleção mais rigoroso no qual os de melhores qualificações são escolhidos. Os que ingressam nas instituições de ensino superior privadas não tiveram critérios de seleção tão rigorosos de tal forma a recrutar os mais talentosos e mais aptos para a vida acadêmica.

Na verdade, no estudo sobre o desenvolvimento do processo ensino-apendizagem devemos ter em conta que o fator mais importante para o aprendizado das crianças é o nível de educação dos pais. Ou seja, a educação escolar ou a acadêmica favorece os alunos de melhor condição social. Portanto, favorece ao aluno de família bem estruturada em termos sócio-econômicos que têm melhores perspectivas de se desenvolverem no processo de aprendizado de forma mais rápida e completa. Claro está que a educação é o melhor instrumento de promoção social mas a escola por si só não resolve o problema da desigualdade social e até mesmo pode explicitá-la. A diferença poderá começar a ser acentuada entre os que freqüentaram a pré-escola e os que não foram agraciados com tal benesse.

Outro fator relevante: jovem que trabalha além de estudar têm rendimento escolar pior o que desfavorece o aluno proveniente de família de classe social inferior que se vêm obrigados muito cedo a incrementar a renda familiar em atividades laborais.

Ter livros e condições para leitura em casa é importante assim como ter um instrumento indispensável no processo de aprendizagem de hoje em dia como o computador. Conclui-se, portanto, que é necessário laborar com o sistema educacional de tal forma que ele não se constitua tão somente num instrumento de perpetuar as antinomias do contexto social.

Mas não se pode deixar de considerar na problemática do sistema educacional o marco institucional de viés corrupto-fasci-corporativista. Não se resolverá o problema da educação pública no Brasil sem acabar com a estabilidade do professor. As escolas,.as instituições de ensino superior e as de pesquisa são instituições  que não comportam o  estorvo corrupto-fasci-corporativista.

Postado por Didymo Borges no site: http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=39623

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O educador Português José Pacheco, critica modelos tradicionais de educação no TEDx Rio.

 
Em paletra realizada no TEDx Rio ele diz que não adianta querer padronizar fórmulas de ensino. Há muitos meios de ensinar, mas não existe nenhum que sirva para todos os alunos - disse Pacheco.
Ele exaltou os valores e os talentos individuais os educadores brasileiros, mas apontou grandes falhas estruturais no processo educacional brasileiro, classificando o Brasil como um país em risco:
- O analfabetismo funcional grassa. De que adianta pensar em tecnologia de ponta numa sociedade que ainda tem 20% de analfabetos funcionais?
Segundo ele, as leis que regem o sistema educacional estão totalmente defasadas e, pior, destacadas da realidade. Na Escola da Ponte, onde ele atua, que as crianças de uma dada turma não precisam ter a mesma, mas sim, estarem num mesmo nível de aprendizado.
- Quem foi o jegue que estipulou que todas as crianças numa turma têm que ser da mesma idade? - questionou. - Um dos problemas mais sérios é a síndrome do pensamento único.
A repercussão da palestra de Pacheco no Twitter foi altamente positiva, com alguns gaiatos exaltando o nome dele como possível ministro da educação aqui no Brasil. Outros classificaram a palestra como excelente e obrigatória para ser assistida novamente depois, quando o conteúdo estiver disponível em vídeo pela web.
- A educação está nas mãos de pessoas que não sabem o que é educação - finalizou Pacheco. - Mas não será este portuguesinho que dará a solução para os problemas educacionais do Rio e do Brasil. Eu não sei qual é essa solução. Volto pra minha terrinha e deixo o problema aqui para vocês mesmos resolverem, pois há solução sim. Só depende de vocês.


Você concorda com o educador José Pacheco?
PISO NACIONAL:
Professores podem ter o mesmo reajuste salarial dos senadores!

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Abaixo-assinado por reajuste salarial IGUAL AOS DOS SENADORES   www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N4645 


Os senadores Cristovam Buarque-DF e Pedro Simon-RS apresentaram em 16/12/2010 projeto de lei estendendo o mesmo reajuste salarial concedido aos senadores para o Piso Salarial Profissional Nacional para os professores da educação básica das escolas públicas brasileiras. Com o reajuste de 61,78% do aumento dos senadores, o piso salarial dos
professores passará de 1.024,00 para R$ 1.656,62, valor inferior ao valor pago aos parlamentares a cada mês: R$ 26.723,13. Para o senador Cristovam Buarque, a desigualdade salarial é substancial, talvez a maior em todo o mundo, com conseqüências desastrosas para o futuro do Brasil. Na opinião do senador, a aprovação do reajuste de 61,78% para os       professores da educação básica permitirá, ao Senado, uma demonstração mínima de interesse com a educação das nossas crianças e a própria credibilidade da Casa. Pelo exposto solicito que apoie o Abaixo-assinado que está disponível
em: www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N4645, e não deixe de divulgar. Qualquer um pode assinar,não precisa ser professor. Ajude a educação de nosso país. Por favor, leiam com atenção, assinem e divulguem para o máximo de professores que conseguirem. Algum barulho haverá de fazer.
 
Se não morre o homem que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão não morre o educador, que semeia a vida e escreve na alma.
(Bertold Brecht)
                         

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Será que mudando o sistema está garantida a qualidade na educação?


A maneira como a recomendação do CNE será implementada em todo o Brasil preocupa educadores. Coordenadora do mestrado em Educação da UniRio, Claudia Fernandes acredita que o sistema de ciclo é um avanço do ponto de vista pedagógico, mas que só mudar o sistema não garante qualidade na Educação:
- A escola seriada ainda é a dos séculos XVIII e XIX, quando se acreditava que todos aprendiam no mesmo tempo; então, mudar é importante. No entanto, o sistema de ciclos tem sido usado para melhorar o fluxo, para que as crianças deixem de ocupar vagas nas séries, quando deveria garantir ensino de qualidade.
De acordo com Claudia, não basta que o CNE recomende a não reprovação:
- Tem que dar contrapartida. Os professores, por exemplo, deviam ter a chance de ser mais bem formados e as escolas teriam que se reorganizar para trabalhar com o novo modelo. Do jeito que é feito, o aluno vai contar com a sorte, quando a qualidade devia ser para todos. Se nada mudar, ficará como está. As crianças que não aprendem com o sistema seriado, também não aprenderão no sistema de ciclo. É uma perversidade deixar ir para a escola e não ensinar.
Sistema de ciclos não pode encobrir problemas
Para Andrea Fetzner, também professora de pós-graduação em Educação na UniRio, o sistema de ciclos pode ser considerado ruim quando usado como solução para o que o governo não consegue resolver:
- O gestor público não oferece recursos, não reformula o currículo, mesmo com a velocidade com que as coisas mudam no mundo contemporâneo, não dá espaço para o professor planejar aulas coletivamente e aí o problema vira a não reprovação. O sistema de ciclos é problemático quando encobre falta de gestão, quando é usado para não melhorar a educação. Falta de qualidade é responsabilidade dos gestores. No entanto, não podemos esquecer que reprovar os alunos nas condições oferecidas não é justo.
Presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp), Maria Izabel Azevedo Noronha teme que a "exclusão seja apenas postergada" com a implantação do ciclo de alfabetização:
- A sociedade avalia as pessoas. Se o ciclo for aplicado em todo o país e não houver avaliação continuada para rever o projeto pedagógico, se as escolas não oferecerem aulas extras para quem tem mais dificuldade, a chance de o estudante ser reprovado no quarto ano é grande. É uma exclusão postergada, uma passagem vã pela sala de aula.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Como é transportado alunos em alguns municípios do Brasil

Para quem assistiu o Fantastico hoje 13/02/2011 viu uma reportagem muito interessante onde relata como é transportado muitos alunos em vários municipios do nosso país.
“O estudante Mateus de Souza diz que estava solto no banco quando o micro-ônibus que o levava para a escola se envolveu em um acidente. Ele bateu a cabeça e ficou internado. “Tem o cinto, mas está desregular. Não tem como pregar”, afirma.

A mãe admitiu que nunca havia prestado atenção nisso. “Vou ser sincera: não tenho tido este cuidado”, admite a mãe do Mateus”.


Infelizmente em nosso municipio não é diferente. Crianças, jovens, adolescentes e professores também vivem essa realidade. Se deslocam da zona Rural até as escolas na zona Urbana em cima de caminhões sem nehuma seguraça. O único ônibus que tem no municipio é utilizado apenas para as crianças que estudam na cidade e os estudades que fazem faculdade na FIP. 
O que nós como cidadãos e politicos devríamos fazer a respeito disso? Que soluções e ações poderiam ser tomadas para que isso mudasse?  Precisamos melhorar o nosso país,  pelas as coisas que muitos acham que poucos estão percebendo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Reflexão

Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em palavras leva à pobreza. Provérbios, 14, 23

Comecemos Juntos


É tempo de recomeçar um trabalho novo ou, quem sabe de trilhar novamente caminhos já conhecidos...
Com a certeza de recolher exemplos e colecionar, parcialmente modelos construtivos de valores humanos... De provar diferentes experiências o que for mais importante!
É tempo de “fazer” de “ser” de “crescer”, na direção do ideal;
É tempo de identificar e identificar-se. De descobrir nos outros e dentro de si.
A razão maior dessa caminhada com decisivos passos para o pleno exercício da bela tarefa de EDUCAR gerações.
Comecemos juntos!

I Planejamento de 2011

Hoje no Colégio Municipal Nossa Senhora dos Remédios foi um dia em que todos os professores do Município de Igaracy se reuniram para juntos planejar o primeiro bimestre do ano letivo de 2011, com o intuito de buscar inovações para as aulas que se iniciam no próximo dia 14 de fevereiro (segunda-feira). O encontro teve como pauta a seguinte seqüência:




PAUTA

Abertura, com a acolhida feita pela atual secretária, Maria do Socorro Lacerda. Ela que acolheu todos os professores com muito entusiasmo e carinho com as seguintes palavras, “Quero tê-los como amigos, e que vocês sintam-se a vontade quando precisarem de mim”. Em seguida a mesma realizou uma dinâmica com todos os professores, com o objetivo que lembramos que mesmo dependendo das dificuldades, das quedas e tropeços continuamos sendo educadores de qualidades.

Dinâmica explorada pelos supervisores das escolas do município, tendo como alvo principal a educação.

Apresentação do Plano de ação.

• introdução do tema: Inovação
à Exibição do vídeo;
à Divisão das equipes;
à Reflexão em grupo;
à Apresentação das equipes.

Vídeo: O homem que amava caixas, em seguida oficina com a participação de todos os educadores ali presentes.

Dinâmica.

• Plano de curso.

Vejam as fotos:













O dia foi bem trabalhado bem participativo e bem elaborado pela equipe de supervisores e secretária. Que encontros como esses voltem a acontecer para que as nossas aulas e o nosso conhecimento sejam ampliados através de encontros como esses e principalmente da união que deverá existir entre todos os educadores.
Existe uma frase bem conhecida, “A união faz a força”. É dessa união que nós precisamos. É de pessoas competentes que mostrem garras, e muita força de vontade para fazer a nossa educação crescer.



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Deus cuida de mim



Jesus disse: "Eu enviarei a vocês o Espírito e ele não estará somente entre vocês,
mas habitará em vocês e então meu Pai e Eu viremos a você e estabeleceremos a nossa morada".
(Jô 14, 16.17.23)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Painel para o ajudante do dia

Faça um painel com  a sua cara, para selecionar duas crianças para ser o ajudante do dia.  veja a foto abaixo e faça o seu.



As vogais em EVA

AS VOGAIS



Lembrancinhas para as crianças em EVA

MARCA TEXTO




Não percam tempo, dêem as suas crianças no primeiro dia de aula um marca texto como esse. É muito fácil de fazer e rápido.
Eles vão adorar!


Material necessário:

- EVA colorido;
- Pistola com cola quente;
- Caneta da cor preta e força d evontade....[srrssrs]



Painel de aniversariantes em EVA

VOLTA AS AULAS






Materiais necessários:

- EVA nas cores que aparecem na foto;
- Cartolina guache marrom;
- Cola quente;
- Papel camurça;
- Canetas coloridas;
- Uma folha de oficio e muita criatividade...


É muito fácil fazer esse painel de aniversariantes. Você pode envolver outras criatividades e gosto.
Esse foi o primeiro que eu fiz.

UFPB cadastra selecionados no SiSU

A Pró-Reitoria de Graduação (PRG) da Universidade Federal da Paraíba prossegue com o cadastramento dos candidatos selecionados pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU) do Ministério da Educação, referente aos períodos letivos de 2011.

Os selecionados dever seguir o calendário seguinte:

- terça-feira (8) e quarta-feira (9); horário: das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h; local – auditório da Reitoria; para os classificados na 2ª chamada;

- dias 15 e 16 de fevereiro; horário: das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h; local – Codesc, no térreo do prédio da Reitoria; para os classificados na 3ª chamada.

Para efetuar o cadastramento o candidato deve: preencher e imprimir a Ficha de Cadastro Individual, que estará disponível na internet, com antecedência mínima de 48 horas da data de início do cadastramento juntamente com as instruções de preenchimento; comparecer ao local de cadastramento, portando a Ficha de Cadastro Individual devidamente preenchida, bem como o original e a cópia autenticada dos documentos exigidos no Edital.

Para mais informações consultar o  Edital; ou pelo telefone: (83) 3216-7087.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Como valorizar o professor

Para melhorar o ensino, é necessário que docentes tenham curiosidade intelectual e tenham as condições adequadas para exercê-la.


Volta às aulas e o governo federal começa o ano com um Plano Nacional de Educação (PNE) que tem como eixo central a valorização do professor. Em vários Estados e municípios aparecem propostas de reformulação de planos de cargos e salários dos docentes. Em alguns lugares ganham força as propostas de condicionar benefícios financeiros a metas e/ou resultados. Mesmo concordando que algumas dessas propostas são extremamente polêmicas e pouco contribuem para a melhoria da qualidade da educação no Brasil fica evidente que elas mostram que o papel do professor ganha mais espaço na agenda de debates da sociedade brasileira.
Nossos professores realmente são mal remunerados. Ganham, em média, 60% a menos que outros profissionais com o mesmo nível de escolaridade. Muitos administradores púbicos ainda tratam o professorado como uma espécie de "vocação missionária", quase religiosa, que exige sacrifícios. Os mais velhos talvez lembrem da frase "professor não é mal pago, é mal casado". Já foi atribuída a vários políticos, apesar de todos a repelirem, mas é a representação desta forma de tratar o professor.

Várias pesquisas indicam que a atuação do docente é, depois das condições sócio econômicas do aluno, o principal fator que influencia o rendimento escolar. Certamente aumentar a remuneração é uma das condições para melhorarmos a qualidade da educação. Mas não é a única.

Algumas escolas particulares, apontadas como provedoras de uma educação de melhor qualidade, têm em seu grupo de professores o grande diferencencial em relação às escolas públicas e às demais particulares. E o que teriam de diferente esses professores? Ensinam melhor por ganharem melhor? Frequentaram as melhores universidades? Contam com formação continuada? Conhecem os melhores livros? Possuem as melhores práticas pedagógicas? Tudo isso e mais algumas coisas podem ser verdade, mas certamente não são a causa da diferença. A qualidade é atingida em consequência da vivência cultural de cada professor, da forma que pensam a educação e das oportunidades que encontram durante a vida, tanto pessoal como profissional.

Se as condições sócio-econômicas influenciam o rendimento escolar do aluno, podemos supor que essas condições também influenciam a qualidade de aula do professor. E não falo só das condições financeiras dos docentes. São vários os fatores que compõem esse quadro.

Um professor que vive cercado de livros, jornais e revistas, além de frequentar bons sites de internet, certamente tem mais possibilidades de construir estratégias pedagógicas do que aqueles que vivem longe dessa realidade. Dedicar tempo a conhecer outras culturas, como visitar museus, fazer viagens, analisar pesquisas, conversar fora de sua rede de amigos, entre outras coisas, dá a um professor uma melhor compreensão da diversidade do mundo.

Ter contato com várias estratégias pedagógicas e estar aberto para compreendê-las faz diferença. A educação bancária, na qual o professor deposita conhecimento na cabeça do aluno, apesar de ainda ser a mais utilizada no Brasil, traz pouquíssimos resultados na construção da autonomia e no desenvolvimento das capacidades cognitivas do estudante. Ter tempo para tudo isso e para outras coisas importantes, como planejar aula, é fundamental. O professor que fica o dia todo dando aulas tem poucas chances de se atualizar.

Dominar as novas tecnologias de comunicação aumenta as possibilidades de intervenção pedagógica. É claro que, para a maior parte dessas coisas, o professor precisa ser melhor remunerado, para que incremente sua possibilidade de acesso. Mas somente o aumento de salários, o pagamento de prêmios por produtividade ou o cumprimento de metas não basta para que o professor dê uma aula de melhor qualidade.

Garantir que o aumento do rendimento dos professores tenha os resultados esperados na melhoria da qualidade de ensino passa pelos governos repensarem a concepção do que é a tão falada formação continuada. Este é o desafio do ano que começa. Governos, sociedade civil organizada e pais precisam repensar e construir uma nova concepção de formação para os professores.

Na sociedade da informação, não tem sentido nenhum que a educação seja conteudista. Esta educação, enciclopédica, é coisa do iluminismo. Lembrem que alguns pensadores se uniram para reunir todo conhecimento disponível em uma coleção de livros. Nasciam as enciclopédias. Durante muito tempo, pais acreditavam que ter uma destas enciclopédias em casa era garantia para que seus filhos tivessem uma ótima educação. E as salas das famílias de classe média exibiam orgulhosamente essas coleções, muitas encadernadas em couro e com letras, na capa, em fio de ouro. Difícil mesmo era alguém utilizar esses livros para outro fim que não o decorativo.

Hoje os conteúdos são infinitos e o conhecimento se desenvolve em uma velocidade que não poderíamos imaginar há 30 anos. Sempre me lembro do texto "Confesso que Estou Vivo", do sociólogo Betinho. Nele, são contadas as transformações na ciência e na forma de a sociedade conviver com os temas relacionados à AIDS desde que ele contraiu o vírus até o momento que escreve. É notório como, em cerca de 10 anos, tudo o que se sabia sobre a AIDS mudou, e muito. Consequentemente, uma escola que se dedicava só ao conteúdo teve muitas dificuldades para acompanhar essas e milhares de outras mudanças no mundo.

Por conta disso, da nova realidade derivada da sociedade da informação e dos constantes avanços tecnológicos, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) considera que um dos pilares para a educação em nosso século é fazer com que o aluno "aprenda a conhecer". Aprender a conhecer é muito mais importante do que acumular conteúdos. Quem aprende a conhecer domina os conteúdos mínimos para poder aprender qualquer conteúdo que seja necessário em sua vida e, mais importante ainda, tem vontade de aprender coisas novas durante toda a vida. Tem sede de conhecimento.

Para fazer com que o aluno "aprenda a conhecer" é necessário que também o professor o aprenda. Nossa tradição de educação é conteudista e a maioria das aulas de nossos cursos de licenciatura concentram-se em que os educadores acumulem conteúdo. As formações realizadas pelos governos, e também pelas escolas particulares, são, em sua maioria, uma extensão dos cursos de licenciatura. Professores que se reúnem uma ou mais vezes por mês para aprender mais conteúdos pouco podem melhorar suas práticas em sala de aula.

É neste sentido que a formação continuada deve ser repensada. Professores precisam "aprender a conhecer". Em todo professor é necessário que se incentive, ou que se recupere, a curiosidade intelectual. Com curiosidade intelectual, é necessário que o professor possa exercê-la. Para exercer essa curiosidade, são necessários estrutura, condições econômicas e tempo. Um professor que ganha pouco, em uma cidade sem biblioteca e acesso a internet e que dá aulas o dia todo, mesmo que adquira essa curiosidade, terá poucas chances de exercê-la. É do exercício desta curiosidade intelectual e dos processos cognitivos relacionados a ela que teremos a melhoria da qualidade do que é feito dentro das escolas brasileiras.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Bullying Um desafio para os Educadores

 
Bullying é uma palavra de origem inglesa que significa atormentar, perseguir e humilhar alguém. Pode ser definido como o conjunto de comportamentos agressivos, negativos, repetitivos e dirigidos ao outro em uma condição de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas, podendo ocorrer nos mais diversos ambientes, como escolas, condomínios residenciais, clubes, trabalho, prisões e mesmo na internet. A vítima, que pode ter qualquer idade, não consegue se defender por não se sentir em condições de enfrentar aquele que a ataca. Sua fragilidade pode decorrer do fato de ser de estatura menor, ter menos força física que o agressor, não se sentir tão esperto quanto este ou apresentar algum traço físico que chame a atenção.

As vítimas de bullying escutam repetidamente de seus agressores coisas das quais não têm culpa e que frequentemente não são verdadeiras. Trata-se de uma forma de abuso emocional e psicológico que causa um impacto devastador nas vítimas, que podem apresentar baixa autoestima, isolamento social, queda no rendimento escolar, depressão, pensamentos negativos de vingança e, em casos extremos, cometer o suicídio. Também têm dificuldade de denunciar o agressor, o que, juntamente com o fato de que os pais tendem a se preocupar mais com filhos que são vítimas de bullying do que com filhos agressores, dificulta a resolução do problema.

Os agressores, por sua vez, têm tendência a desenvolverem comportamentos delinquentes e dificuldades nas relações sociais, apresentando, muitas vezes, baixa tolerância à frustração e fazendo uso frequente da violência, a fim de se firmarem frente aos outros. Os agressores do bullying são psicopatas em formação. Eles estão apenas iniciando o treinamento e precisam ser detidos. O bullying tornou-se um problema universal, merecedor de maior atenção por parte da sociedade, cuja solução está na denúncia; na intervenção dos pais, educadores ou terapeuta na situação e, principalmente, na educação da sociedade como um todo.

UM FILME QUE INDICO

“Cuidado com o meu guarda-costas”
O filme representa um caso clássico de bullying. Clifford Peach (Chris Makepeace), um adolescente pacífico, está achando muito difícil se adaptar à sua nova escola, onde um valentão (Matt Dillon) aterroriza seus colegas de classe e extorque seu dinheiro para o lanche. Clifford recusa-se a pagar e contrata os serviços de um desajustado grandalhão, cuja simples presença intimida alunos e professores. Nasce uma amizade especial entre eles.
Um adolescente pacífico, está achando muito difícil se adaptar à sua nova escola

“BULLYING: MENTES PERIGOSAS NAS ESCOLAS”
A autora Ana Beatriz Barbosa Silva, que é psiquiatra, discorre numa linguagem acessível sobre o bullying e suas implicações em crianças e adolescentes, propondo modos de identificá-lo e combatê-lo. No livro, a dra. Ana Beatriz faz uma análise profunda sobre um dos tipos de violência cada vez mais noticiado, que precisa com urgência ser combatido.

O bullying é uma forma de tortura. Como todos os torturados, as vítimas de bullying ficam marcadas, adoecem e necessitam de tratamento terapêutico que pode abranger aconselhamento
psicológico, psicoterapia e até medicação.
Leda Andrade

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Como escolher uma boa escola para seu filho



Neste período do ano revistas e jornais publicam sucessivas matérias falando sobre a escolha da educação que se quer para os filhos. O que fazer frente a tamanho assédio de informações? Vejamos alguns tópicos, como sugestão, a serem considerados na escolha da escola:

Não matricule seus filhos tendo como critério a proximidade da escola em relação à sua casa. O melhor pode ser mais distante. Você está escolhendo não um lugar para deixar seu filho, mas um lugar que pode determinar grande parte do que ele será no futuro. Como fazemos com o médico, procuramos onde está o melhor.

Não se apoiar apenas nos aspectos físicos da escola. Quase sempre escolas com grandes estruturas físicas têm também muitos alunos. Lembre que a escola deve ser um lugar intimista. Muitos alunos por sala inviabilizam qualquer boa intenção pedagógica.

Ao visitar uma escola, exija uma explicação de tudo que a escola diz fazer. É importante saber os meios através dos quais os objetivos definidos pela escola são realizados.

Não aceite uma escola onde é comum o aluno precisar de contínuo “reforço escolar”. Estas escolas são as que menos assumem sua responsabilidade sobre a aquisição do conhecimento.

Não confie em materiais como o livro didático ou a apostila. O recurso didático principal é a formação do professor, que deve ser contínua. Os professores são modelos, e como tal, devem ter firmeza nos valores e ideais. A moralidade é uma experiência.

FILME QUE INDICO:
O Milagre de Anne SullivanA incansável tarefa de Anne Sullivan (Anne Bancroft), uma professora, ao tentar fazer com que Helen Keller (Patty Duke), uma garota cega, surda e muda, se adapte e entenda (pelo menos em parte) as coisas que a cercam. Para isto entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram, sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança.

Para os educadores e pais é muito importante discutir a questão da disciplina e do limite na organização do conhecimento.

Do ponto de vista mais teórico é fascinante ver a distinção entre o reconhecimento motor e o aparecimento da semiótica, a descoberta
das representações.

LIVRO QUE INDICO:
“Paula” de Isabel AllendeO livro é o testemunho contado na primeira pessoa sobre a morte de uma filha. Como se de uma viagem ao sofrimento humano se tratasse, o livro percorre também a vida da escritora, entrecortada por alegrias e tristezas, acontecimentos que fizeram história, personagens diversas, amores e desilusões.

A educação precisa ser valorizada no Brasil




“Todos os homens são resultado da educação que tiveram”. Frase perfeita para demonstrar a grande importância que esta tem no Brasil. Ela é a base do desenvolvimento da nossa nação, entrando mesmo sabendo disso algumas autoridades têm ideias errôneas em relação ao tema, acham que apenas o crescimento econômico fará do Brasil um país desenvolvido, isto é, esquecem da educação.

Em relação a esse esquecimento, se faz alguns questionamentos: por que o Brasil é um país subdesenvolvido? Por que nosso país tem pouco avanço tecnológico e científico? O que é que o Brasil não tem que as grandes potências têm? Por que há tanta pobreza?

Todas essas perguntas se resumem a uma única resposta: por causa do descaso da educação.

Sobre essa última questão, trata-se de um desencadeamento de fatos que ocasionam na existência de tanta pobreza. Primeiro: as escolas sem infra-estrutura, a falta de educadores que fazem greves reivindicando seus direitos, o pouco investimento do governo nessa área, a pouca quantidade de escolas para atender as necessidades da população, entre outros. Segundo: dessa maneira os alunos não serão estimulados a estudar. Assim quando crescerem sem suporte educacional, não conseguirão viver dignamente, estarão na miséria, podendo cair nas “garras” da marginalização, que consequentemente gerará mais violência.

Logo, enquanto os governantes não puserem a educação em primeiro lugar, nosso país continuará sendo do subdesenvolvimento, com pouco crescimento tecnológico e científico.

Ultimamente as autoridades vêm gastando muito dinheiro com projetos que apesar de também trazerem o desenvolvimento,não são tão importantes quanto à educação, por exemplo, o Pré-Sal, até porque apenas uma boa educação fará pessoas qualificadas para a profissão.

O Pré-Sal significa o progresso do Brasil. E a educação significa o que? Nada?! Muitas escolas apresentam péssimas condições de ensino.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Os aprovados no Vestibular do Unipê devem se matricular até hoje


Hoje (4) é o último dia de matrícula para os aprovados no Vestibular Complementar 2011 do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê). Eles devem se matricular até às 19h00, na Secretaria Geral de Ensino (Segen), localizada no Espaço de Vivência Acadêmica (EVA), da instituição, no bairro de Água Fria, na Capital. O resultado do Vestibular está disponível no Portal www.unipe.br.

A matrícula deve ser feita pelos aprovados no Vestibular para o 1º e para o 2º semestres e também para aqueles candidatos que optaram por ingressar no Unipê através do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os “feras” deverão apresentar o comprovante de conclusão do ensino médio ou equivalente e os demais documentos exigidos para a matrícula, constantes do Portal da instituição.

Deverão se matricular todos os “feras” aprovados para os cursos de Administração (Bacharelado), Arquitetura e Urbanismo (Bacharelado), Ciências Contábeis (Bacharelado), Direito (Bacharelado), Educação Física (Licenciatura), Educação Física (Bacharelado), Psicologia (Bacharelado), Ciência da Computação (Bacharelado), Fisioterapia (Bacharelado), Enfermagem (Bacharelado), Design de Moda (Tecnológico), Gestão da Tecnologia da Informação (Tecnológico) e Sistemas para Internet (Tecnológico).

Os candidatos podem ligar, gratuitamente, para o Disque-Vestibular 0800 707 9210, para adquirir mais informações, entrar em contato com a Secretaria Geral de Ensino (Segen) da instituição (2106 9226), de segunda a sexta-feira, ou ainda acessar o Portal Unipê (www.unipe.br).

Documentos para matrículas dos aprovados:
Para fazer a matrícula, os “feras” precisam apresentar

cópias autenticadas dos seguintes documentos:

- Certificado de Conclusão do Ensino Médio

- Histórico Escolar do Ensino Médio

- Documento de Identidade (RG)

- CPF 

- Título de Eleitor

- Comprovante de votação das últimas eleições

- Certidão de Nascimento

- Carteira de Reservista (para homens)

- Duas fotos 3x4

Assessoria

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dobra o número de formandos em Pedagogia nos últimos sete anos

O número de professores formados em pedagogia praticamente dobrou em sete anos, segundo dados do Censo do Ensino Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2002, o levantamento registrou a formatura de 65 mil educadores em pedagogia; em 2009, esse número subiu para 118 mil.
No mesmo período, o censo mostra que aumentaram em mais de 60% as matrículas nessa área de ensino — de 357 mil em 2002 para 555 mil em 2009. Também o ingresso aumentou no intervalo analisado — de 163 mil novos estudantes para 190 mil, o que representa evolução de 20%.
Estratégicos para a política de formação de professores de educação básica, os cursos de pedagogia recebem atenção especial do Ministério da Educação. Em 2008, o MEC iniciou atividades de supervisão em 49 cursos de pedagogia e em 11 de normal superior que obtiveram conceitos inferiores a 3 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2005.
Uma comissão de especialistas visitou os cursos. As instituições que os ofertavam foram convidadas a firmar termo de saneamento de deficiências com a Secretaria de Educação Superior (Sesu), pelo qual se comprometiam a promover melhorias em 12 meses. Durante esse prazo, os cursos que repetiram maus resultados no Enade de 2008 foram impedidos de abrir vagas. A medida, cautelar, deu às instituições a oportunidade de sanear os problemas.
Como resultado do processo de supervisão, 17 cursos de pedagogia foram desativados, 14 dos quais a pedido das próprias instituições e três determinados pelo MEC. Em outros seis cursos que não cumpriram as medidas de saneamento pactuadas, o MEC instaurou processo administrativo para encerrar a oferta. Os demais seguem sob verificação da Sesu.
O curso de pedagogia forma professores para trabalhar em creches, na educação infantil, no ensino fundamental regular (com turmas do primeiro ao quinto ano) e na educação de jovens e adultos correspondente ao ensino fundamental.




3/2/2011 13:31,  Redação, com MEC - de Brasília

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cai número de alunos matriculados em escolas no país

Segundo MEC, 51,5 milhões estão inscritos nas redes privada e pública. Censo Escolar 2010 foi divulgado nesta segunda-feira.


O número de alunos matriculados nas escolas públicas e privadas do país caiu na comparação entre os dados de 2010 e de 2009. Segundo o Ministério da Educação (MEC), 51,5 milhões de pessoas estão matriculadas no país, neste ano. Em 2009, eram 52,5 milhões.

Os números fazem parte do Censo Escolar dos dois últimos anos. Parte do levantamento de 2010 foi divulgada nesta segunda-feira (20), no "Diário Oficial da União". De acordo a publicação, 42.987.115 pessoas estão inscritas nas redes estadual e municipal. O número representa 22,5% da população total brasileira. Outros detalhes da pesquisa devem ser divulgados em breve.

Na soma referente às redes estadual e municipal, estão incluídas as matrículas na creche, pré-escola, ensino fundamental e ensino médio (incluindo o médio integrado e normal magistério), no ensino regular e na educação de jovens e adultos presencial (incluindo a EJA integrada à educação profissional), além de educação especial.

O MEC diz que o Censo Escolar reúne números enviados pelas secretarias estaduais e municipais de Educação e tem a participação de todas as escolas públicas e privadas do país. As informações são usadas para traçar um panorama nacional da educação básica e servem de referência para a formulação de políticas públicas e execução de programas na área da educação.