Curti

domingo, 30 de setembro de 2012

PROFESSORES APAIXONADOS



(GABRIEL PERISSÉ)


Professores e professoras apaixonados acordam cedo e dormem tarde, movidos pela ideia fixa que podem mover o mundo. Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.

As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos. Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato. Apaixonar-se sai caro!


Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria. Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.



Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.


Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, dos desrespeitos  das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.


Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro. Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.



Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração. Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e nada mais.



Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar os esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.



Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar. A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


Marcelo, marmelo, martelo

 Ruth Rocha


Marcelo vivia fazendo perguntas a todo mundo:
— Papai, por que é que a chuva cai? 
— Mamãe, por que é que o mar não derrama?
 — Vovó, por que é que o cachorro tem quatro pernas? As pessoas grandes às vezes respondiam. Às vezes, não sabiam como responder. 
— Ah, Marcelo, sei lá... 
Uma vez, Marcelo cismou com o nome das coisas:
 — Mamãe, por que é que eu me chamo Marcelo? 
— Ora, Marcelo foi o nome que eu e seu pai escolhemos.
 — E por que é que não escolheram martelo? 
— Ah, meu filho, martelo não é nome de gente! É nome de ferramenta... 
— Por que é que não escolheram marmelo? 
— Porque marmelo é nome de fruta, menino! 
— E a fruta não podia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo? 
No dia seguinte, lá vinha ele outra vez: 
— Papai, por que é que mesa chama mesa? 
— Ah, Marcelo, vem do latim. 
— Puxa, papai, do latim? E latim é língua de cachorro? 
— Não, Marcelo, latim é uma língua muito antiga. 
— E por que é que esse tal de latim não botou na mesa nome de cadeira, na cadeira nome de parede, e na parede nome de bacalhau? 
— Ai, meu Deus, este menino me deixa louco! 
Daí a alguns dias, Marcelo estava jogando futebol com o pai: 
— Sabe, papai, eu acho que o tal de latim botou nome errado nas coisas. Por exemplo: por que é que bola chama bola? 
— Não sei, Marcelo, acho que bola lembra uma coisa redonda, não lembra?
— Lembra, sim, mas... e bolo? 
— Bolo também é redondo, não é? 
— Ah, essa não! Mamãe vive fazendo bolo quadrado... O pai de Marcelo ficou atrapalhado. 
E Marcelo continuou pensando: "Pois é, está tudo errado! Bola é bola, porque é redonda. Mas bolo nem sempre é redondo. E por que será que a bola não é a mulher do bolo? E bule? E belo? E bala? Eu acho que as coisas deviam ter nome mais apropriado. Cadeira, por exemplo. Devia chamar sentador, não cadeira, que não quer dizer nada. E travesseiro? Devia chamar cabeceiro, lógico! Também, agora, eu só vou falar assim". 
Logo de manhã, Marcelo começou a falar sua nova língua: 
— Mamãe, quer me passar o mexedor? 
— Mexedor? Que é isso? — Mexedorzinho, de mexer café.
 — Ah... colherinha, você quer dizer. 
— Papai, me dá o suco de vaca? — Que é isso, menino! 
— Suco de vaca, ora! Que está no suco-da-vaqueira.
 — Isso é leite, Marcelo. Quem é que entende este menino? 
O pai de Marcelo resolveu conversar com ele: 
— Marcelo, todas as coisas têm um nome. E todo mundo tem que chamar pelo mesmo nome porque, senão, ninguém se entende...
 — Não acho, papai. Por que é que eu não posso inventar o nome das coisas? — Deixe de dizer bobagens, menino! Que coisa mais feia! 
— Está vendo como você entendeu, papai? Como é que você sabe que eu disse um nome feio? O pai de Marcelo suspirou:
 — Vá brincar, filho, tenho muito que fazer... 
Mas Marcelo continuava não entendendo a história dos nomes.
 E resolveu continuar a falar, à sua moda. 
Chegava em casa e dizia:
 — Bom solário pra todos...
 O pai e a mãe de Marcelo se olhavam e não diziam nada. E Marcelo continuava inventando: 
— Sabem o que eu vi na rua?
 Um puxadeiro puxando uma carregadeira.
 Depois, o puxadeiro fugiu e o possuidor ficou danado. 
A mãe de Marcelo já estava ficando preocupada.
 Conversou com o pai: 
— Sabe, João, eu estou muito preocupada com o Marcelo, com essa mania de inventar nomes para as coisas... 
Você já pensou, quando começarem as aulas? 
Esse menino vai dar trabalho... 
— Que nada, Laura! Isso é uma fase que passa. Coisa de criança... 
Mas estava custando a passar...
 Quando vinham visitas, era um caso sério. 
Marcelo só cumprimentava dizendo: 
— Bom solário, bom lunário...
 — que era como ele chamava o dia e a noite. 
E os pais de Marcelo morriam de vergonha das visitas. 
Até que um dia... O cachorro do Marcelo, o Godofredo, tinha uma linda casinha de madeira que Seu João tinha feito para ele. 
E Marcelo só chamava a casinha de moradeira, e o cachorro de Latildo. 
E aconteceu que a casa do Godofredo pegou fogo.
 Alguém jogou uma ponta de cigarro pela grade, e foi aquele desastre! 
Marcelo entrou em casa correndo: 
— Papai, papai, embrasou a moradeira do Latildo!
 — O quê, menino? Não estou entendendo nada!
 — A moradeira, papai, embrasou... 
— Eu não sei o que é isso, Marcelo. 
Fala direito! 
— Embrasou tudo, papai, está uma branqueira danada! Seu João percebia a aflição do filho, mas não entendia nada... 
Quando Seu João chegou a entender do que Marcelo estava falando, já era tarde. 
A casinha estava toda queimada.
 Era um montão de brasas.
 O Godofredo gania baixinho... 
E Marcelo, desapontadíssimo, disse para o pai:
 — Gente grande não entende nada de nada, mesmo! 
Então a mãe do Marcelo olhou pro pai do Marcelo. 
E o pai do Marcelo olhou pra mãe do Marcelo. E o pai do Marcelo falou: 
— Não fique triste, meu filho.
 A gente faz uma moradeira nova pro Latildo.
 E a mãe do Marcelo disse: 
— É sim! Toda branquinha, com a entradeira na frente e um cobridor bem vermelhinho... 
E agora, naquela família, todo mundo se entende muito bem.
 O pai e a mãe do Marcelo não aprenderam a falar como ele, mas fazem força pra entender o que ele fala. E nem estão se incomodando com o que as visitas pensam...


Brincadeira Infantil


OBSTÁCULOS COM GARRAFAS


IDADE = 3 a 6 anos


MATERIAL = Garrafas de 2 litros de Coca-Cola, àgua, anelina, glitter.


ATIVIDADE

O professor deverá pedir para cada aluno trazer de casa uma garrafa de Coca-Cola, juntos encherão a garrafa de àgua, colocarão anelina e glitter. As garrafas ficarão coloridas e brilhantes, servirá também para trabalhar cores com as crianças, mas o objetivo delas é fazer de obstáculos. O professor colocará as garrafas na disposição que quiser em zig-zag ou formando uma reta dando um espaço entre elas para que as crianças possam passar por elas. Uma de cada vez elas deverão andar desviando dos obstáculos, depois correrem, após isso o professor deve formar duplas que irão correr de mãos dadas e por último formar um trem que passará pelo mesmo caminho que fizeram ora sozinhos, ora acompanhados.


OBJETIVOS:

- Integrar o grupo;

- Percepção visual;

- Observação;

- Atenção;

- Coordenação motora ampla;

- Orientação espacial.

OLHO MÁGICO


IDADE = A partir dos 3 anos


MATERIAL = Papel cartão, figuras de animais objetos, brinquedos, etc.


ATIVIDADE

A professora deverá fazer um buraco bem pequeno no centro do papel cartão, em seguida colocará a figura embaixo do papel cartão, deixando a mostra só uma parte, as crianças tentarão adivinhar o que é o nome do que está debaixo do papel, ou seja, conseguir adivinhar a figura através do buraco.


OBJETIVOS:

- Percepção visual;

- Coordenação visual e manual;

- Destreza manual;

- Observação;

- Imaginação;

- Fazer comparações;

- Reconhecimento de formas.


FONTE:
http://profgege.blogspot.com.br/2008/02/atividades-ldicas.html

Atividades Variadas










Leia a Bíblia!



terça-feira, 25 de setembro de 2012

Brincadeiras Infantis


MAMÃE  POSSO IR?

FAIXA ETÁRIA   Acima de 5 anos
LOCAL   Praia, Praça, Parque, Salão de Festas, Calçada, Condomínio.
ESTIMULAR        Linguagem, Linguagem corporal, Coordenação motora, Criatividade.
PARTICIPANTES               3+

COMO BRINCAR

Trace duas linhas no chão com uma distância de pelo menos 5 metros entre elas. Quem for escolhido para ser a ‘mamãe’ ou o ‘papai’ fica à frente de uma das linhas, de costas para o resto do grupo. Os outros participantes ficam enfileirados lado a lado sobre a linha oposta. Um a um, eles tentam chegar até a 'mamãe' recitando o seguinte diálogo:

- “Mamãe, posso ir?” - pergunta o jogador.
- “Pode” - a ‘mamãe’ responde.
- “Quantos passos?” - pergunta o jogador.

A ‘mamãe’ escolhe o número e o tipo de passo que o participante deve andar. Por exemplo:
- “Dois, de passarinho”
O jogador dá dois passos pequeninos para frente. Se forem passos de cachorro, o jogador anda de quatro. Se forem passos de elefante, o jogador dá passos grandes. Vence quem chegar primeiro até a mamãe.

Dica: para deixar a disputa mais difícil, o participante que lidera a brincadeira – o ‘papai’ ou ‘mamãe’ – também pode mandar os jogadores darem passos para trás.

TATU QUER SAIR


FAIXA ETÁRIA   Acima de 4 anos
LOCAL   Quintal, Parque, Praia, Condomínio, Salão de Festas
ESTIMULAR        Cooperação, Condicionamento físico, Estratégia, Resistência
PARTICIPANTES               8+

COMO BRINCAR

Todos os participantes ficam em círculo de mãos dadas, menos um, que será o ‘tatu’ e ficará no meio da roda. O objetivo do tatu é escapar da prisão.

Para isso, terá que forçar e romper a corrente formada pelas mãos dos outros participantes. Antes de forçar a barreira, recita-se o seguinte versinho:
- Tatu quer sair?
- Quero!
- Tem chave para abrir?
- Tenho...
Quem deixar o tatu escapar ficará no lugar dele. Dica: pode haver mais de um tatu no meio da roda. Assim, eles poderão bolar estratégias juntos para escapar da prisão.
ESTA BRINCADEIRA TAMBÉM SE CHAMA...
Tatu passa aí

STOP

FAIXA ETÁRIA
Acima de 8 anos
LOCAL
Quintal, Praça, No carro, Dentro de casa, Condomínio, Salão de Festas
ESTIMULAR
Linguagem argumentativa, Memória, Concentração, Velocidade, Raciocínio lógico
PARTICIPANTES
2+
MATERIAL
Lápis e papel

COMO BRINCAR

Antes de começar a brincadeira, o grupo define quais serão as categorias do jogo. Exemplos de categorias comuns são NOMES, ANIMAIS, CORES, FRUTAS, CARROS e CEP (cidade, estado ou país).

Decidido isso, cada jogador desenha uma tabela com colunas em uma folha de papel e escreve, em cada uma destas colunas, o nome de uma das categorias.

Alternando um jogador por rodada, alguém fala em voz alta a letra A e passa a contar o alfabeto em silêncio, na velocidade que preferir. Outro jogador fala em voz alta "stop!" e imediatamente aquele que estava contando revela ao grupo a letra em que parou. A letra também pode ser definida jogando dedos.

Todos escrevem em suas tabelas, o mais rápido possível, palavras que começam com aquela letra e se encaixam na categoria correspondente. O primeiro a preencher todas as categorias diz "stop" em voz alta.

Feito isso, todos os demais participantes param de escrever e contabilizam os pontos: 5 para palavras que se repetiram na tabela de outros jogadores; 10 para palavras diferentes de outros jogadores e 15 pontos se o jogador for o único a preencher aquela categoria.

Dica: escolha categorias malucas ou mais elaboradas para incrementar a brincadeira, como “minha sogra é...” (os jogadores devem preencher de forma a completar a frase) ou “vencedores do Oscar” (perfeita para jogadores cinéfilos).
  

domingo, 23 de setembro de 2012

♥ Atividades de Língua Portuguesa- 1º e 2º Ano

















Atividades de matemática Educação Infantil