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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ensino Público tem déficit de 300 mil professores no Brasil

O ano de 2012 começará com velhos problemas na rede pública de ensino. Estimativa da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação aponta déficit de cerca de 300 mil professores no país - nas redes estaduais e municipais -, número que corresponde a 15% do total de educadores em salas de aula (2 milhões). Salários baixos, falta de educadores no mercado, ausência de planos de carreira e mau gerenciamento do quadro de servidores - muitos estão desviados de função - são apontados como causas da carência. Para amenizar a crise, estados e municípios recorreram a concursos e contratos temporários, e professores passaram a lecionar em áreas diferentes da sua formação.
Hoje o piso nacional do magistério para 40 horas é de R$1.187. Para o Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino do Rio (Sepe), o valor não motiva a permanência na escola. De acordo com o Sepe, em 2012 a falta de professores continuará a ser crônica na rede estadual, que perderá um educador a cada dia útil por exoneração, mantendo a média deste ano. O déficit nas escolas - a maioria de ensino médio -, chegaria a 10 mil profissionais. Na capital, os números são igualmente preocupantes: 5 mil estimados.
Presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho diz que a saída é a aprovação, em 2012, do Plano Nacional de Educação (PNE).
- O PNE prevê plano de carreira. O professor quer buscar a chance de crescimento profissional. Se não for feito nada chegaremos a um ponto que haverá orçamento e alunos, mas não educadores - diz Cleuza, que aponta as áreas de Química, Física e Matemática como críticas.
Carência atinge
todo o país
Maristela Kaminski, de 16 anos, que cursou o segundo ano do ensino médio no Colégio Aderbal Ramos da Silva, em Florianópolis, vive uma realidade comum em Santa Catarina. Ela faz parte dos alunos sem aula por falta de professores na rede estadual. A jovem conta que, neste ano, teve aula somente no segundo semestre nas disciplinas de Geografia, Química, História e Sociologia. Levantamento do Sindicato da Educação do estado feito em 400 das 1.234 escolas estaduais apontou que há falta de professor em 90% delas. Cerca de 50% dos professores (34 mil) são temporários.
O secretário da Educação, Marcos Tebaldi, afirmou que existem casos pontuais. Mas a assessoria técnica da diretoria de Gestão de Pessoas informou que faltam cerca de dois mil professores e a carência é maior em Matemática, Literatura, Química, e Física, no ensino médio, e Artes, Português, Matemática, e Ciências, no fundamental. Santa Catarina foi um dos estados contrários ao piso nacional do magistério e pagava salário de R$609.
Em Mato Grosso do Sul, dos cerca de 17 mil professores efetivos e convocados da rede estadual, a metade não é concursada e está em sala de aula substituindo profissionais de licença médica, que estão ocupando outras funções ou cedidos para outros poderes. Já no Rio Grande do Sul, dos atuais 77 mil professores que estão em sala de aula, 26 mil não são concursados. Eles foram contratados por razões emergenciais, substituindo docentes fixos afastados.
A Secretaria de Educação do estado do Rio informou que investiu na melhoria salarial. O estado afirma que, neste ano, a carência de professores diminui de 11.773 para 1.550. Está em andamento um concurso para o preenchimento inicial de 3.321 vagas. Já a Secretaria municipal de Educação afirmou que havia déficit de 7.500 professores em 2009. Foram contratados 11.531, faltando hoje 91 educadores.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ministro da Educação é vaiado em festa

O ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), foi vaiado na manhã desta quinta-feira (22) durante a cerimônia de comemoração do Natal com catadores de material reciclável em São Paulo. O evento, realizado anualmente, contou com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Dilma foi acompanhada por senadores e ministros, como Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). A mais aplaudida, no entanto, foi a senadora Marta Suplicy, ironicamente a pré-candidata à Prefeitura de São Paulo que foi descartada pelo PT em favor de Haddad, que foi surpreendido por uma sonora vaia.
Depois de seu anúncio, o constrangimento no palco foi nítido, obrigando a intervenção do mestre de cerimônia, que tentou interromper as vaias.
Esta é a primeira vez que Dilma participa da festa de Natal dos catadores de materiais recicláveis e da população em situação de rua na condição de presidente eleita. No ano passado, ela foi à festa na condição de presidente eleita. Ela acompanhava o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava prestes a deixar o governo. Lula participou do Natal dos catadores em todos os anos de seu mandato.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e o MNCR (Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis), a indústria da reciclagem movimenta cerca de R$ 8 bilhões por ano no Brasil.

Calcula-se que entre 300 mil e 1 milhão de pessoas vivem diretamente desta atividade no país, que abriga aproximadamente 1.100 cooperativas e associações de trabalhadores no setor.
 
Polêmica no MEC

A popularidade de Haddad tem sido abalada por constantes problemas no MEC (Ministério da Educação). Na última terça-feira (20), o Senado aprovou um requerimento para que o ministro justifique por escrito o contrato assinado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão que organiza o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), com a empresa Jeta Soluções em Serviços em Tecnologia da Informação Ltda., que pertence a uma dupla sertaneja de Brasília.
Os parlamentares querem detalhes sobre a suposta contratação de uma empresa fantasma para fazer a segurança da informação das provas realizadas pelo Inep. Segundo reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense no dia 3 de novembro, o convênio foi fechado por R$ 6,4 milhões. A dupla afirmou desconhecer o recebimento do dinheiro.
As polêmicas que envolvem a gestão de Haddad não param por aí. Nesta quarta-feira (21), a pasta informou que decidiu anular 14 questões do Enem para mais 500 alunos que fizeram o exame no Ceará. Além disso, em 2009, ladrões roubaram exemplares da prova de uma gráfica e tentaram vendê-los para a imprensa às vésperas do exame, que acabou cancelado.

Fonte: R7

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

História do Natal


Conheça a história do natal, a comemoração em civilizações antigas e atuais





Em diversas culturas espalhadas pelo mundo, a celebração da passagem do ano ou das estações é feita com o intuito de estabelecer a renovação do mundo e o revigoramento dos valores que agregam uma determinada civilização. Semelhantemente, o Natal também incorpora esse mesmo princípio de renovação ao celebrar o nascimento de uma das figuras centrais do cristianismo, Jesus Cristo. De fato, em diversas manifestações natalinas podemos também enxergar a reafirmação desse mesmo valor.
Dessa maneira, podemos observar que os princípios natalinos se configuraram em diferentes culturas ao longo do tempo. Os mesopotâmicos, por exemplo, celebravam nessa mesma época o Zagmuk. Segundo a tradição mesopotâmica, o fim do ano era marcado pelo despertar de monstros terríveis a serem combatidos por Marduk, sua principal divindade. Durante a festividade, um homem era escolhido para ser vestido e tratado como rei, para depois ser sacrificado, levando todos os pecados do povo consigo.

Nas civilizações nórdicas, o Yule – marcado para o dia 21 de dezembro – marcava o retorno do sol. Para celebrar a mudança, grandes toras de madeiras eram amontoadas para a montagem de grandes fogueiras que tinham em suas labaredas a representação de novas colheitas e rebanhos a serem consumidos no ano seguinte. Marcando o início do inverno, a celebração reafirmava uma grande esperança nas novas conquistas a serem obtidas no novo ano que se iniciava.

Na Roma Antiga, a data de 25 de dezembro marcava o início das celebrações em homenagem ao nascimento do deus Sol, conhecido como “Natalis Solis Invcti” (O Nascimento do Sol Invencível). Nessa mesma época, entre os dias 17 e 24 de dezembro, também ocorriam as festividades da Saturnália, celebração cercada de muita comida e bebida onde as normas do mundo formal eram subvertidas com o intuito de promover a renovação dos valores por meio de festas marcadas pela inversão dos padrões vigentes.

Com a oficialização do cristianismo no interior do Império Romano, várias destas datas foram incorporadas com o propósito de alargar o número de convertidos à nova religião do Estado. Nesse processo, o dia 25 de dezembro foi instituído como a data em que se comemorara o nascimento de Jesus Cristo. Na verdade, várias analogias entre as tradições pagãs e os valores cristãos oferecem uma grande proximidade entre os significados atribuídos a Cristo e as divindades anteriormente cultuadas.

Assim como Jesus Cristo, Mitra era reconhecida como uma grande divindade mediadora espiritual para os romanos. Da mesma forma, Jesus, considerado “O Messias”, teria a mesma função de conceder a salvação espiritual a todos aqueles que acreditassem em seus ensinamentos por meio da conversão. Com isso, a absorção dos princípios e referenciais religiosos da cultura romana influenciou na ordenação das festividades e divindades do Cristianismo.

Mesmo a Bíblia não especificando o nascimento de Cristo, as autoridades cristãs fizeram a escolha desta data, que foi mais tarde reconhecida pelo Papa Julius I (337 -352). Com o processo de expansão e regulamentação das tradições do cristianismo, o feriado natalino ganhou enorme força ao seguir o próprio processo de expansão da nascente religião. Dessa maneira, o Natal conseguiu se transformar em uma das principais datas a serem comemoradas pelos cristãos de todo o mundo.


Por Rainer Sousa
Graduado em História

domingo, 18 de dezembro de 2011

Plano Nacional de Educação para 2011 a 2020 será votado em 2012

iG São Paulo
Reunião da Comissão da Câmara sobre o assunto definiu que projeto não vai mesmo ao Senado este ano
A aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) na Câmara dos Deputados ficou para 2012. Em reunião na quinta-feira, os deputados da Comissão Especial definiram que o projeto será votado até 15 de março para então ser encaminhado ao Senado. Neste meio, tempo, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, já terá deixado o cargo. O Brasil está sem plano para a área. O último valia até 2010.
O plano estabelece 20 metas educacionais que deverão ser alcançadas pelo país no prazo de dez anos - o primeiro já passou e a votação não foi feita sequer na Câmara, que seria a primeira etapa. Entre as metas previstas está o aumento de vagas em creches, a ampliação de escolas em tempo integral e a expansão das matrículas em cursos técnicos. O que tem adiado a votação, no entanto, é a falta de consenso sobre o porcentual do PIB necessário para levar o plano adiante.
Os movimentos defensores da Educação pedem 10%, o governo enviou projeto com 7% e o primeiro relatório da Câmara previa 8%, porém, contados aí investimentos indiretos, como bolsas de estudo no exterior.
A expectativa era que a proposta, encaminhada pelo Executivo ao Congresso Nacional em dezembro de 2010, fosse aprovada na Câmara ainda neste ano. Mas após a divulgação do relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), os parlamentares apresentaram cerca de 400 emendas ao texto e não há tempo hábil para analisá-las antes do recesso parlamentar marcado para o dia 22 de dezembro.
“Devido à complexidade e a importância dessa lei, nós achamos melhor deixar para 2012 até porque não altera o prazo para a votação final. Mesmo que o PNE fosse aprovado hoje ele teria que ser enviado ao Senado que só apreciaria a matéria no ano que vem”, explicou Vanhoni. O deputado disse que irá trabalhar durante o recesso parlamentar na avaliação das emendas para apresentar a versão final do substitutivo no começo de fevereiro.  
A apresentação do relatório foi adiada diversas vezes por causa da dificuldade do relator em negociar mais recursos para a área com o governo. Hoje o país investe 5% do PIB na área.
* com informações da Agência Brasil

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Professor acreano é destaque em premiação nacional para educadores

Prêmio Professores do Brasil reconhece esforço dos professores no desenvolvimento de atividades pedagógicas


O concurso, criado em 2005 e realizado em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB), seleciona e premia as melhores experiências pedagógicas  (Assessoria SEE)
O concurso, criado em 2005 e realizado em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB), seleciona e premia as melhores experiências pedagógicas  (Assessoria SEE)
O concurso, criado em 2005 e realizado em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB), seleciona e premia as melhores experiências pedagógicas (Assessoria SEE)

Comprovando a qualidade dos projetos escolares desenvolvidos no Estado do Acre, será premiado em Brasília nesta terça-feira, 13, o professor Vitelio Aníbal Chávez Hijar, da Escola de Ensino Fundamental e Médio Leôncio de Carvalho, único professor acriano selecionado na quinta edição do Prêmio Professores do Brasil, iniciativa do Ministério da Educação (MEC) que busca reconhecer o mérito de professores das redes públicas de ensino por contribuir para a melhoria da qualidade na educação.
O concurso, criado em 2005 e realizado em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB), seleciona e premia as melhores experiências pedagógicas desenvolvidas ou em desenvolvimento por professores de todas as etapas da educação das escolas públicas e que, comprovadamente, tenham obtido êxito de acordo com as diretrizes propostas no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação.
O projeto elaborado pelo professor Vitelio Aníbal, da disciplina de Língua Espanhola, foi a 1ª Mostra Cultural de Danças, Músicas, Poesias e Teatro (1ª Muestra Cultural de Danzas, Músicas, Poesías y Teatro), executada pelos alunos de ensino médio da instituição. De caráter interdisciplinar, o evento contava com expressões artísticas dos alunos interagindo com áreas das ciências sociais, artes cênicas e literatura. Outro ponto qualitativo da mostra foi a disseminação da cultura espanhola e hispano-americana por meio das artes.
Para o educador, além de estimular o interesse pela literatura e pelas culturas estrangeiras, o projeto desenvolve a oralidade e a fluência linguística dos alunos participantes através da recitação de poesias e músicas em espanhol, lembrando que o uso de atividades que interessem aos aluno facilita no ensino de qualquer disciplina.
Alijane Silva Cavalcante, diretora da escola, lembra da importância de projetos em que os alunos possam estar aptos a conciliarem interesses pessoais dentro da disciplina trabalha, o que, segundo muitos educadores, contribui para um maior aprendizado real do aluno. "Além do contato com as artes, o projeto teve cunho social: a entrada custou 1 kg de alimento não perecível, que foram arrecadados e doados para o Educandário Santa Margarida e para o Lar dos Vicentinos".
O professor premiado e a diretora, que representa a escola, viajam para Brasília nesta terça-feira, 13, para participação de um seminário em Brasília nos dias 14 e 15, onde será realizada a Cerimônia de Premiação do concurso. Os autores das experiências selecionadas pelas Comissão Julgadora Nacional receberão prêmio no valor de R$ 5 mil, além de troféu e certificado. As escolas que desenvolveram as experiências selecionadas serão premiadas com R$ 2 mil em equipamentos audiovisuais ou multimídia.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Aprovar plano é o maior desafio dos educadores

 

Aprovação do Plano Nacional da Educação (PNE) é hoje o maior desafio e ao mesmo tempo a grande aposta de mudanças reais para a educação do Brasil. Para a presidenta da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Ampae) e Coordenadora de Fórum Estadual de Educação do Pernambuco Márcia Ângela Aguiar, a partir do PNE será possível estruturar o sistema de educação brasileiro,  até então, inexistente.  "A educação no Brasil sempre foi tratada como política de governo e não de Estado. O maior desafio é mudar o ideário de educação. A formação do ser humano não pode ser reduzida ao ponto de vista do empreendedor e de gerências nas questões educacionais", disse a professora.

Durante o seminário "Os Desafios da Educação no Nordeste e o papel dos Meios de Comunicação", realizado pela Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, na última quarta-feira, a pedagoga falou da necessidade urgente de aprovação ainda este ano do PNE, sob pena de alterações profundas e possível 'engavetamento", caso fique para 2012, ano de eleições. A previsão inicial era agosto passado.

O projeto de lei, número 3085/2010, foi criado a partir da realização do Congresso Nacional de Educação (Conae), em 2010, com participação de educadores e gestores de todo país e encaminhado para o Congresso Nacional, para votação. Com 20 metas estabelecidas, que se desdobram em diversas estratégias de implantação  de 2011 até 2020, o projeto inicial recebeu cerca de 2,5 mil emendas em um ano.
ArquivoComputadores em sala de aula: uso de tecnologia melhora o aprendizado de crianças, mas a informática ainda é um sonho na rede públicaComputadores em sala de aula: uso de tecnologia melhora o aprendizado de crianças, mas a informática ainda é um sonho na rede pública


O substitutivo proposto pelo deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), aponta modificações significativas como a incorporação da descrição dos insumos necessários para a qualidade do ensino, o chamado "custo-aluno", e mecanismos de controle social. E pontos polêmicos, como não definir as competências de cada ente federativo e de concepção de metas, além de fixar em 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país a parte orçamentária destinada à educação. Entidades educacionais reivindicam 10% do PIB, enquanto o governo defende os 7% assegurados em campanha eleitoral.



Durante o evento, o presidente da Fundação Joaquim Nabuco apresentou plano de ação do órgão, vinculado ao MEC, de ampliação das ações para todo o Nordeste. O plano consta de 26 metas, com programas em ensino, pesquisa e tecnologia, a serem executadas em curto, médio e longo prazo - entre 2012 a 2020.

Aliar tecnologia e educação é uma das propostas para  melhorar os níveis educacionais e diminuir o descompasso de tempos e metodologias entre os principais agentes do processo educacional - escola, professores e alunos - que corroboram para o mau resultado nas escolas públicas do país, explica o secretário de Educação de Pernambuco Anderson Gomes. Nesse sentido, o Estado vizinho irá fornecer, a partir de fevereiro do próximo ano, a 2 mil estudantes do ensino médio de escolas estaduais, equipamentos tablets equipados com softwares de aulas e chips que permitem a supervisão de conteúdo por parte dos professores. A aquisição representa um investimento de R$ 1,6 milhão. Os professores receberão capacitação para uso da nova tecnologia, dentre outros cursos, e as escolas sinal de internet sem fio.

"Não se pode educar bem com  escolas do século 19, professores com formação do século 20 e estudantes do século 21. É preciso que estejam sintonizados no mesmo tempo", frisa Anderson Gomes.  Entretanto, o secretário afirma que as tecnologias são complementares. Para otimizar o tempo de aula, o processo de chamada será substituído por leitor digital. "Esperamos com isso ganhar 15 minutos no tempo de aula", afirma.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Educar na Fé



"Levante-se e ande"

Lc 5,17-26
Leitura Orante
Um dia Jesus estava ensinando, e alguns fariseus e alguns mestres da Lei estavam sentados perto dele. Eles tinham vindo de todas as cidades da Galiléia e da Judéia e também de Jerusalém. O poder do Senhor estava com Jesus para que ele curasse os doentes. Alguns homens trouxeram um paralítico deitado numa cama e estavam querendo entrar na casa e colocá-lo diante de Jesus. Porém, por causa da multidão, não conseguiram entrar com o paralítico. Então o carregaram para cima do telhado. Fizeram uma abertura nas telhas e o desceram na sua cama em frente de Jesus, no meio das pessoas que estavam ali. Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico:
- Meu amigo, os seus pecados estão perdoados!
Os mestres da Lei e os fariseus começaram a pensar:
- Quem é este homem que blasfema contra Deus desta maneira? Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder.
Porém Jesus sabia o que eles estavam pensando e disse:
- Por que vocês estão pensando assim? O que é mais fácil dizer ao paralítico: "Os seus pecados estão perdoados" ou "Levante-se e ande"? Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados.
Então disse ao paralítico:
- Eu digo a você: levante-se, pegue a sua cama e vá para casa.
No mesmo instante o homem se levantou diante de todos, pegou a cama e foi para casa, louvando a Deus. Todos ficaram muito admirados; e, cheios de medo, louvaram a Deus, dizendo:
- Que coisa maravilhosa nós vimos hoje!

Fonte:http://www.paulinas.org.br

Governo define meta de utilizar 8% do PIB com educação daqui a 20 anos



Foi definida para a educação do país uma meta de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos dez anos após uma longa negociação do governo. O documento que indica a estimativa foi protocolado nesta segunda-feira pelo relator do Plano Nacional da Educação (PNE), o deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). A mudança confere um aumento de 1% na projeção anterior, que foi revisada. Atualmente o Brasil investe 5% do PIB em Educação.

O relatório do PNE foi debatido ao longo das últimas semanas, tendo sua publicação adiada diversas vezes diante de falhas no acordo para a meta de investimentos. Diversas emendas entre as 3 mil apresentadas ao novo projeto de lei indicavam que a alteração deveria ser para 10% do PIB.

Vanhoni e outros deputados da base participaram de reuniões no Palácio do Planalto na tentativa de aumentar os recursos previstos, mas segundo o deputado não houve consenso. "Agora vamos aguardar a negociação", disse Vanhoni à Agência Brasil.

Para a decisão final do índice, são ouvidas ainda entidades como a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Campanha Nacional pelo Direito à Educação e União Nacional dos Estudantes (UNE).

Após a conclusão do relatório, há um prazo de cinco sessões para que novas emendas sejam apresentadas ao texto, até que seja definitivamente fechado. Desde a semana passada, diversos parlamentares membros da comissão especial criada para avaliar o plano já afirmavam que, caso a meta definida pelo relator fosse inferior a 10% do PIB, seriam apresentadas mais emendas para tentar impor o valor. Caso seja feito algum pedido de vista ao relatório, a aprovação do projeto pode ficar para 2012 já que o recesso parlamentar começa em 22 de dezembro.

Cabe ao PNE estabelecer 20 metas educacionais que devem ser alcançadas pelo país no prazo de 20 anos. Entre elas o aumento de vagas em creches, a ampliação de escolas em tempo integral e a expansão das matrículas em cursos técnicos. Não há nenhum plano em vigor desde que o antigo PNE chegou ao fim, em dezembro de 2010.

Com informações da Agência Brasil

MEC quer criação de um currículo nacional

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) já prevê uma meta curricular comum para o todo o País


São Paulo O Ministério da Educação (MEC) vai propor um currículo nacional para a educação básica. A ideia é formalizar as expectativas de aprendizagem em todos os níveis dessa etapa de ensino. O documento vai funcionar como orientações complementares às novas diretrizes curriculares, propostas no ano passado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

A meta do MEC é estabelecer os objetivos e direitos a serem alcançados pelas crianças, delineando, além das experiências a serem vivenciadas pelos alunos, as condições necessárias para a realização dessas expectativas de aprendizado - em termos de materiais pedagógicos, de tempo e organização curricular.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) já prevê uma base curricular comum para o País. Avaliações nacionais como a Provinha Brasil (aplicada no 2.º ano do ensino fundamental) e a Prova Brasil (feita para o 5.° e 9.° anos) são um exemplo disso. O sistema educacional também conta com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), da década de 90, e diretrizes curriculares recentemente aprovadas pelo MEC.

No entanto, o governo considera que há a necessidade de aprofundar essas diretrizes e atualizar as orientações, criando o que seria o primeiro passo para a instituição de uma base curricular comum no País. "Não vamos colocar o currículo numa forma - vamos discutir as bases", explica a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda. "Não é uma listagem de conteúdos - é um instrumento de organização da vida do professor e do aluno."

Para Jaqueline Moll, diretora de currículos e educação integral do MEC, um dos pontos mais importantes da elaboração das expectativas de aprendizagem é dar conta das circunstâncias em que o ensino se dá.

"Temos de pensar na escola contemporânea, nos seus desafios e em quais são os marcos do aprendizado das línguas, matemáticas e das áreas de conhecimento postas pela LDB", diz ela.

"Exemplo: as novas diretrizes instituem o ciclo de alfabetização. Mas, ao concluí-lo, o que o estudante deve ter construído?"

Segundo Cesar Callegari, do CNE, a necessidade de se estabelecer as expectativas decorre, entre outros fatores, do fato de as diretrizes em vigor serem muito abrangentes.

"Elas apresentam conceitos, mas muito genéricos, insuficientes para definir currículos", explica ele, que considera os PCNs defasados. "Precisam ser atualizados", disse.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirma que a ideia não é formatar um currículo único. "O Brasil praticamente aboliu o currículo nos anos 90 e a Prova Brasil recuperou um pouco, pela via da avaliação, a ideia de organização curricular, que estava fragmentada com os parâmetros curriculares", disse ele ao Estado "Há uma demanda para aprofundar isso."

Debate
Uma das discussões em torno do estabelecimento das expectativas é se elas seriam divididas por anos ou por etapas de ensino (por exemplo: ciclo I e II do fundamental). Alguns especialistas defendem que sejam definidas por ano, para evitar atrasos no aprendizado e até repetências.

Para a secretária de Educação do município do Rio de Janeiro, Claudia Costin, as cidades devem ter um currículo claro, com os conteúdos que as crianças devem aprender ano a ano. "Assim, os pais podem acompanhar o que os filhos atendem", diz. Segundo ela, o currículo da cidade foi construído com profissionais que tinham elaborado o primeiro documento, em 1996, e os conteúdos a serem ensinados foram dispostos ano a ano.

A ideia do MEC é apresentar o texto-base até o fim deste mês. Será aberta então uma consulta pública no início do ano para então um grupo de trabalho definir as expectativas por áreas. No segundo semestre, está prevista uma nova consulta pública. Apenas em dezembro de 2012 o documento deve ficar pronto.