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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Educar na Fé



Nossa Senhora das Dores

Jo 19,25-27
Leitura Orante
Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Clopas, e também Maria Madalena. Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela:
- Este é o seu filho.
Em seguida disse a ele:
- Esta é a sua mãe.
E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele.

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Congresso Internacional de Educação de Surdos discute a revisão do PNE

 
 
Com a presença de mais de 800 estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais do Brasil, Estados Unidos e Europa, e uma conferência de abertura proferida pelo acadêmico Evanildo Bechara, teve início, nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, o X Congresso Internacional e o XVI Seminário Nacional de Educação de Surdos. Com o tema “Educação de Surdos: a Conquista de Novos Territórios”, o Congresso será realizado até a próxima sexta-feira no Hotel Othon, em Copacabana. “Nesses três dias de encontro, vamos promover o debate sobre a educação pública de qualidade e a revisão da Meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE)”, disse a Diretora-geral do Instituto Nacional de Surdos (INES), Solange Rocha. 
No ano de conclusão do PNE 2010-2020, que trata desde a educação infantil ao ensino superior, passando pela educação tecnológica, este assunto foi o grande destaque nas discussões deste primeiro dia de evento, sobretudo os seus impactos na educação de surdos.  O ano de 2011 é um marco na história da educação brasileira, já que por lei, a cada 10 anos o Congresso deve apresentar ao Executivo um Plano Decenal de Educação. Mas por conta das quase 3 mil emendas, houve um atraso na conclusão do PNE, que não foi aprovado até hoje e por isso irá vigorar de 2011 a 2020.
O deputado federal Eduardo Barbosa, membro da comissão especial que analisa a proposta do executivo para o PNE,  falou sobre a Meta 4, que trata da educação inclusiva, e que está sendo revista pelo Legislativo. “Ninguém é contrário a um sistema educacional inclusivo, mas a educação inclusiva não deve apenas permitir o acesso. Há a necessidade de criar ambientes específicos para a educação especial. Queremos, no PNE, ampliar e não restringir os diretos à educação”, disse o deputado, que apresentou nove emendas oriundas da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS) e que garantem a escola bilíngüe para os surdos. “Acredito que isso vai ser apreciado e absorvido pelo relator”, concluiu o parlamentar.
O deputado apresentou ainda números do Censo Escolar dando conta de que embora nos últimos dois anos o MEC tenha divulgado um avanço nas matrículas da educação inclusiva, isso não garantiu o aumento das pessoas com deficiência nas salas de aulas, pois houve redução do número de escolas especializadas.
Para a professora de Letras Libras da Universidade Federal de Santa Catarina, Patrícia Luiza de Resende, Diretora de Políticas Educacionais da FENEIS, a educação de surdos no Brasil está um caos. Ela corroborou a pesquisa do deputado, chamando a atenção para o fechamento de inúmeras escolas especiais em todo o País e propondo a união da sociedade em favor da educação e da cultura surda.
“O que podemos constatar é que nos últimos anos não houve uma política inclusiva no Brasil. Desde 2003 o número de matrículas vem diminuindo. A Constituição garante que todos tenham direito à educação, mas não a um único modelo. Queremos uma educação plural. Não há como incluir o aluno surdo em uma classe comum, sem o atendimento adequado”.  
Durante sua exposição, a professora apresentou pesquisa apontando que embora a população surda tenha aumentado entre 2003 e 2010, as matrículas diminuíram consideravelmente. Os dados mostrados por ela registram 532.620 alunos incluídos, mas apenas 750 salas em atendimento especial o que equivale a 710 alunos por sala. “O ensino do surdo está um caos. Esses alunos estão sendo jogados em classes regulares, sem acompanhamento especial”, alertou a professora.
O X Congresso Internacional de Educação de Surdos continua nesta quinta-feira, com a presença do Diretor do Centro para o Estudo da Comunicação e dos Surdos da Faculdade de Educação da Universidade de Boston, Dr. Robert Hoffmeister, que participará da conferência: “A linguagem da criança surda filha de pais surdos: o que ela contribui para a educação”. 

Relatório: Brasil aumentou em 121% os gastos por aluno


Relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que, entre 2000 e 2008, o Brasil foi o País que mais aumentou os gastos por aluno da educação primária até o segundo ciclo da educação secundária (ensino médio). O aumento, de 121%, é o maior entre os 30 países que disponibilizaram dados para a entidade.
No entanto, os 48% de aumento de gastos registrados na educação superior não foram suficientes para acompanhar o crescimento do número de alunos, que foi 57%. Com isso, o gasto por estudante nessa fase de ensino sofreu uma queda de 6%.
O estudo acrescenta que, em termos de porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil é o que apresentou maior alta (1,8 ponto percentual) nos gastos com instituições educacionais, entre os 32 países que apresentaram dados, passando de 3,5% para 5,3%. Mesmo assim, o País ainda está situado em um patamar inferior à média da OCDE, que é 5,9%.
Na avaliação da OCDE, os números indicam que o Brasil tem priorizado a educação, "com significativas mudanças no financiamento público", tendo por base a comparação entre o gasto público em educação e o total do gasto público. O maior aumento percentual em gastos no orçamento público foi com educação, que cresceu de 10,5%, em 2000, para 17,4%, em 2008. De acordo com a OCDE, esta é a terceira maior proporção registrada.
Entre os reflexos desse investimento, está o aumento do número de estudantes na educação secundária (ensino fundamental e ensino médio). Atualmente, mais de 90% dos alunos brasileiros passam pelo menos nove anos na educação formal ¿ um ano de aumento entre 2000 e 2007.
O relatório informa ainda que 8,6% das pessoas entre 30 e 39 anos estão matriculadas em alguma instituição educacional ¿ percentual que está acima da média da OCDE (6,2%). Entre os brasileiros com mais de 40 anos, o percentual é 2,5% - a média registrada nos países que participaram da pesquisa é 1,5%.
A pesquisa aponta também aumento no percentual de pessoas que completaram o ensino médio. "Em 2007, 63% das pessoas entre 25 e 64 anos não haviam completado o segundo ciclo da educação secundária e 27% haviam completado o mesmo nível educacional. Em três anos, a proporção de adultos que não completou o segundo ciclo da educação secundária caiu para 59% e a proporção dos que concluíram a educação secundária subiu para 30%", informa o estudo. Apesar disso, o percentual de pessoas que concluíram o ensino médio está abaixo da média dos países da OCDE (44%).
 
Agência Brasil
Foto:  Meu arquivo pessoal