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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Silabário






 







 

'PNE só viria prejudicar ainda mais a educação no Brasil', diz Amanda Gurgel

Entrevista exclusiva com a professora do Rio Grande do Norte que ganhou notoriedade com denúncias sobre a situação da educação no país
POR GIL MARANHÃO  AGÊNCIA POLÍTICA REAL


“O PNE de Dilma é cheio de contradições no próprio texto” (...) “reafirma a política de privatização da educação implementada por Lula, e garantiria uma série de benefícios aos empresários do setor” (...) “só viria a prejudicar ainda mais a educação não só no Rio Grande do Norte, mas em todo o Brasil”. Os trechos são de uma entrevista exclusiva que a professora potiguar Amanda Gurgel de Freitas concedeu esta semana, à Agência Política Real, após participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados.
A professora se notabilizou por fazer denúncias sobre a situação deprimente dos professores do Rio Grande do Norte e da educação no país, em um evento realizado mês passado, em Natal. O vídeo com suas denúncias caiu na internet (e no gosto popular), e a partir de então a rotina de Amanda Gurgel, de 29 anos, não é mais a mesma.
Amanda passou a ser convidada para entrevistas em programas de televisão, como o Domingão do Faustão (Rede Globo) e em outros veículos da mídia nacional, e agora divide o seu tempo com as tarefas de casa, do seu trabalho, as atividades do movimento grevista da sua categoria no Rio Grande do Norte – professores estão com as atividades paralisadas há mais de um mês –, além de palestras, debates e assembleias de educadores que passou a ser convidada em todo o Brasil.
Esta semana, a professora engrossou a multidão que lotou o Plenário 10 da Câmara dos Deputados, na concorrida audiência pública que a comissão especial que trata do PNE – Plano Nacional da Educação realizou com a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad.
Amanda Gurgel é graduada em Letras, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), especialista em EJA (Educação para Jovens e Adultos) pela mesma instituição, professora de Língua Portuguesa da rede municipal de Natal, desde 2005; e da rede estadual do RN, desde 2007. É ativista desde o movimento estudantil universitário, e do magistério desde o ingresso na rede municipal. Ela é militante da Central Sindical e Popular (CSP/Conlutas) desde a sua fundação. Ao meio de tantos compromissos, ela nos concedeu a entrevista a seguir.
Como você avalia a audiência do ministro Fernando Haddad com os parlamentares sobre o Plano Nacional de Educação? Ficou claro a vontade tanto da Câmara como do governo em “fazer acontecer” o PNE, ou estão com ‘enrolação’?
Amanda Gurgel de Freitas – Participar da audiência me possibilitou ver, na prática, como as coisas funcionam por dentro das estruturas do poder Legislativo. Avalio a audiência como um espaço limitado de discussões no qual não há apresentação de contrapontos para o debate. Percebi que o ministro é “blindado” e que havia uma garantia de que nenhum questionamento “incoveniente” lhe seria apresentado, já que o espaço para intervenção que solicitei não foi atendido. Seria importante que o ministro se dispusesse a ouvir os segmentos diretamente envolvidos no conteúdo de um plano decenal para a educação, e não apenas os deputados, seja da situação ou da oposição, que estão distantes do funcionamento real de uma escola. Quanto ao desejo por parte do governo de “fazer acontecer” o PNE, é bom que fique muito claro que o projeto que está em tramitação não atende, absolutamente, aos interesses da classe trabalhadora, já que aprofunda e acelera o processo de privatização do Ensino Superior, investe ainda mais na expansão da oferta de vagas sem aumento proporcional dos recursos, e prevê um percentual de financiamento que impossibilitaria qualquer tipo de avanço diante do quadro atual em que se encontra a educação pública no país e por isso dizemos não ao conjunto do PNE do governo Dilma.
Após a audiência, conversamos com o presidente da Comissão Especial do PNE, deputado Gastão Vieira, e ele afirmou que o governo não está a fim de aprovar o Plano. Sobre essa afirmação do presidente, o que você tem a dizer?
Amanda Gurgel – O plano foi elaborado pelo governo, então, não sei se seria interessante para ele (o governo) não conseguir aprová-lo. Penso que existe sim um empenho por parte do governo para essa aprovação, já que ele reafirma a política de privatização da educação implementada por Lula, e garantiria uma série de benefícios aos empresários do setor, dando continuidade a injeção de recursos públicos em instituições privadas, através do Prouni, e ainda com a ampliação desse tipo de benefício aos empresários, através do Pronatec. Digo que quem não tem interesse na aprovação de um plano privatizante e que limita absurdamente os investimentos em educação durante longos dez anos somos nós, os movimentos sociais como um todo; e, sobretudo, os estudantes, que, no final das contas, são os mais prejudicados com as políticas que vem sendo implementadas pelo governo desde FHC, passando por Lula e agora com Dilma.
Particulamente, professora, qual é a sua opinião sobre o PNE?
Amanda Gurgel – O PNE de Dilma é cheio de contradições no próprio texto, quando, por exemplo, prevê nas suas diretrizes a “difusão dos princípios da gestão democrática” e na sua meta 19 prevê a indicação de direções de escolas em regime de cargos comissionados, o que seria um violento retrocesso a uma conquista histórica dos trabalhadores em educação, que é a gestão democrática e que já vem funcionando em alguns estados e municípios. Há contradições também entre o texto – no qual o respeito à diversidade é defendido – e às práticas do governo, que utiliza como moeda de troca, em nome da “governabilidade”, direitos inalienáveis de grupos historicamente oprimidos, como é o recente caso da negociação entre o governo e a bancada evangélica que estavam polarizados entre o caso Palocci e a aprovação do material didático referente ao grupo LGBT a ser distribuído para as escolas. Além disso, o plano constitui um ataque à educação pública e toda a sociedade deve estar atenta a isso, pois esse é o seu aspecto mais grave, uma vez que os parcos recursos de 7% do PIB que estão previstos nele, ainda devem ser distribuídos entre a educação pública e a privada. A nossa ideia é rechaçar o PNE como um todo e aprovar, juntamente com os mecanismos legais e econômicos que o garantam investimento imediato de 10% do PIB, como a única forma de darmos um primeiro passo rumo a mudanças significativas na educação do país.
Em que o PNE pode contribuir para melhorar a qualidade da educação no seu estado, Rio Grande do Norte?
Amanda Gurgel – Da forma como está escrito, o PNE só viria a prejudicar ainda mais a educação não só no Rio Grande do Norte, mas em todo o Brasil, por isso tenho dito que, nesse momento, os deputados só podem se organizar em duas bancadas: a dos “10% do PIB já”, ou a do “analfabetismo funcional”. Cabe a eles escolher o lado em que vão ficar, sabendo que estamos atentos à sua prática e aos seus discursos de campanha, momento em que todos dizem educação e os educadores como prioridade.
Quais são as principais queixas dos profissionais da Educação em seu estado?
Amanda Gurgel – As nossas queixas não são diferentes das constatadas nos outros estados da federação: as nossas escolas estão sucateadas, a merenda oferecida aos alunos é de baixa qualidade, as salas de aula estão super lotadas e não temos condições dignas de trabalho, pois contamos apenas com quadro e giz para desenvolvermos nossas atividades. Mesmo as escolas que contam com os laboratórios de informática – que saem muito bem nas propagandas do governo, já que as máquinas são bonitas – não podem usufruir plenamente dele como ferramenta pedagógica, já que os computadores chegam às escolas em número insuficiente, e a internet oferecida às redes tanto municipais quanto estaduais é insuficiente para ser distribuída entre os terminais. Como se esses problemas não bastassem, nossa jornada de trabalho é extenuante e os nossos salários são insuficientes para garantir o sustento digno de uma família.
Depois das denúncias que você fez, do vídeo que foi parar na internet, das entrevistas em programas nacionais famosos, houve algum sinal do governo estadual para atendimento das reivindicações da categoria?
Amanda Gurgel – Não. A única proposta apresentada pelo governo Rosalba Ciarlini (DEM), após 30 dias de greve, foi a de implementação da lei do piso nacional como percentual do reajuste parcelado em quatro vezes e a partir de setembro. Fomos obrigados a continuar em greve, mesmo porque se voltássemos ao trabalho depois de uma proposta vergonhosa dessas, o péssimo exemplo de Rosalba poderia ser seguido por outros governadores nos estados em que a categoria também está organizada e em greve.
E depois dessas denúncias, o que mudou na sua vida?
Amanda Gurgel – Do ponto de vista estrutural, a minha vida não mudou nada, pois continuo recebendo meu mísero salário e trabalhando do mesmo jeito. A rotina é que está temporariamente alterada, pois tenho recebido convites para palestras, debates e assembleias da categoria em todo o Brasil e tenho me esforçado para conciliar essas atividades com as outras relacionadas à greve do meu estado e ao meu trabalho em Natal. A rotina está apertada, mas é muito bom perceber o apoio que recebo dos meus colegas em Natal e em todo o Brasil e que a cada dia o movimento em defesa da educação pública e dos 10% do PIB já ganha força em todo o Brasil.

sábado, 18 de junho de 2011

ATENÇÂO! Prova Brasil e Saeb avaliam educação brasileira em novembro

Fonte: Terra

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Irmãos poderão ter vagas garantidas na mesma escola pública

                                               



Irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica poderão passar a ter vagas garantidas na mesma escola pública e gratuita próxima a sua residência.


É o que prevê proposta aprovada nesta terça-feira (14) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), que segue agora para análise, em decisão terminativa, da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.

Segundo o autor do projeto de lei da Câmara, deputado Neilton Mulim (PR-RJ), chama a atenção a situação em que irmãos não conseguem vaga na mesma escola, inclusive gêmeos, "sendo obrigados a estudar em locais separados e, às vezes, distante de suas residências, o que violenta flagrantemente o texto atual do Estatuto da Criança e do Adolescente ( ECA)".
O texto original do projeto previa, no entanto, a inclusão, no ECA, de dispositivo para garantir vagas para irmãos na mesma escola pública, gratuita e próxima de suas residências.
Mas o relator, senador João Vicente Claudino (PTB-PI), embora concorde com a proposta, achou que, da forma como estava, poderia causar "problemas incontornáveis para escolas que não oferecem vagas em todo o percurso da educação básica, da creche ao ensino médio.
- Desse modo, dificilmente essas escolas dariam conta da demanda de famílias que tenham filhos com idades díspares - observou o relator. Ele resolveu, assim, emendar o projeto, para garantir a vaga para irmãos com idades aproximadas, que frequentam a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.

Durante a discussão da matéria, João Vicente explicou ainda que o projeto original era mais voltado a irmãos gêmeos e sua emenda, segundo explicou, amplia mais o alcance da medida.
Fonte: http://www.regiaonoroeste.com/

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ser Professor ...
...É buscar dentro de cada um de nós
forças para prosseguir, mesmo com toda pressão,
toda tensão, toda falta de tempo...
Esse é nosso exercício diário!
Ser professor é se alimentar do conhecimento
e fazer de si mesmo janela aberta para o outro.
Ser professor é formar gerações, propiciar o
questionamento e abrir as portas do saber.
Ser professor é lutar pela transformação...
É formar e transformar,
através das letras, das artes, dos números...
Ser professor é conhecer os limites do outro.
E, ainda assim, acreditar que ele seja capaz...
Ser professor é também reconhecer que
todos os dias são feitos para aprender...
Sempre um pouco mais...
Ser professor é saber que o sonho é possível...
É sonhar com uma sociedade melhor...
Inclusiva... Onde todos possam ter acesso ao saber...
Ser professor é também reconhecer que somos,
acima de tudo, seres humanos
e que temos licença para rir, chorar, esbravejar.
Porque assim também ajudamos a pensar e construir o mundo!

Tarefinhas de São João












                             

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Auxílios beneficiarão desde alunos do Ensino Médio até pós-doutorandos. Primeiro processo seletivo está previsto para 2012




Novo programa do governo deve oferecer 75 mil bolsas de estudos no exterior até 2014. Foi o que divulgou os ministros da educação, Fernando Haddad, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, na ultima terça-feira, 7 de junho. Os auxílios que beneficiarão desde estudantes do Ensino Médio até pós-doutorandos fazem parte do projeto "Ciências sem Fronteira", que está previsto para ser apresentado à presidente da República Dilma Rousseff no próximo dia 15 de junho.
 
 
O programa contará com a parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Enquanto a Capes se responsabilizará pela oferta de 40 mil bolsas, com estimativa de investimento de US$ 936 milhões ao longo de quatro anos, o CNPq distribuirá outras 35 mil bolsas. Os primeiros bolsistas devem ser selecionados no primeiro semestre de 2012.
 
Para destacar a amplitude do "Ciências sem Fronteira", Mercadante faz uma comparação do número de bolsas previstos para ser oferecido nos próximos três anos com o índice de auxílios concedidos em 2010, que fechou em 5,3 mil. A Capes prevê em 338% o crescimento no número de bolsas no exterior em relação a 2010.
 
O novo programa priorizará as áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento do Brasil, entre elas Engenharia e Tecnologia. Em três anos, serão destinadas 3 mil bolsas a estudantes de cursos técnicos de nível médio. Outras 15 mil bolsas serão destinadas aos alunos de educação profissional, sendo 6 mil para cursos superiores de tecnologia, 3 mil para licenciatura em matemática, física, química e biologia, 3 mil para bacharelado tecnológico e 3 mil para estudantes de nível médio.
 
Os benefícios dos programas ainda estão em fase de negociação. Mas, além das bolsas de estudo, já estão garantidas as passagens aéreas e o seguro médico.


terça-feira, 7 de junho de 2011

Educar na Paz

Que conheçam a ti, ó Pai

Assim Jesus falou, e elevando os olhos ao céu, disse: "Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique, assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste. (Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste.) Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer. E agora Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com a glória que eu tinha, junto de ti, antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que, do mundo, me deste. Eles eram teus e tu os deste a mim; e eles guardaram a tua palavra... e reconheceram que eu saí de junto de ti e creram que tu me enviaste. Eu rogo por eles. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para junto de ti".

Estudante brasileiro ganha US$60 mil em feira da Intel

Os projetos apresentados por estudantes do Ensino Médio de todo o Brasil deixaram o país em terceiro lugar entre os mais premiados da Intel ISEF, maior feira internacional pré-universitária do mundo. O Brasil, com 12 prêmios, ficou atrás somente dos Estados Unidos e Canadá, superando nações como a China, Índia e Coreia do Sul.

O grande destaque do ano foi a conquista do aluno Matheus Mannupela, de 17 anos. O estudante do terceiro ano do Ensino Médio da Escola Hebraica Renascença, de São Paulo, competiu com um projeto que propõe a utilização de métodos educacionais em formato de games que auxiliam o tratamento de portadores de déficit de atenção e/ou hiperatividade.

A idéia do aluno chamou a atenção dos jurados da Illinois Institute of Technology, que reconheceram o jovem com o primeiro lugar da área de Comportamento e Ciências Sociais. Com isso, Mateus recebeu o maior prêmio da delegação brasileira. Foram US$60 mil, aproximadamente R$ 100 mil, quantia que deverá ser aplicada em seus estudos na instituição americana.

"É uma recompensa e grande aprendizado. Passei a gostar de fazer projetos, explicar e descrevê-los. É um grande desafio desenvolver autonomia suficiente para buscar concretizar seus planos, buscar orientação e ainda aprender a comunicar suas idéias em inglês", conta o estudante, que agora precisa concluir o Ensino Médio para arrumar as malas e partir para os estudos fora do País.

“É muito gratificante para a Intel poder acompanhar o sucesso destes jovens cientistas e o desenvolvimento destes projetos durante e após a feira – grande parte das idéias apresentadas na competição se tornam patentes”, destaca Rubem Saldanha, gerente de Educação da Intel Brasil. “Com isso, torcemos para que a energia e dedicação destes jovens se transformem em inspiração para muitos outros e que venham melhores feiras a cada ano.”

A ISEF é realizada desde 1950 e já revelou milhares de projetos inovadores, patentes e cientistas para todo o mundo. A Intel patrocina o evento desde 1996, quando a feira passou a receber o nome de Intel ISEF - Intel International Science and Engineering Fair.

sábado, 4 de junho de 2011

Estudo: escolas não sabem utilizar resultados de avaliações

Apesar de servir de parâmetro para que as escolas possam detectar problemas e modificar sua atuação, muitas ainda não sabem como utilizar esses resultados da Prova Brasil, uma das principais avaliações do Ministério da Educação (MEC). Pesquisa da Fundação Carlos Chagas com 400 coordenadores pedagógicos de 13 capitais apontou que muitos desconheciam o índice.
No segundo semestre de 2011, alunos do 5° e 9° ano do ensino fundamental participam do exame. É a partir dos resultados da Prova Brasil que é calculado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que aponta em uma escala de 0 a 10 qual é a qualidade de cada escola, rede municipal ou estadual.
segundo a pesquisa, quase metade (47%) dos coordenadores, ao ser perguntado qual era o Ideb da sua escola, citava um número superior a 10. "Sabendo que o índice pode servir para o planejamento e ações de todos educadores da escola e que há metas governamentais a cumprir, esse desconhecimento é preocupante", aponta o estudo.
Para Amaury Gremaud, professor da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Conselho Consultivo da Avalia Educacional (empresa de avaliação de escolas e sistemas de ensino do grupo Santilla), as avaliações ainda são subutilizadas pelas escolas. "Isso melhorou muito, as secretarias de educação estão bem próximas dos dados, eles não vão só para a gaveta de quem produz. Mas do ponto de vista do planejamento das escolas, ainda há muito espaço para trabalhar essas informações", afirma.
Na opinião do especialista, que foi diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), as escolas precisam aprender a analisar os resultados da avaliações para alterar suas práticas. Comparar o Ideb da escola com a média nacional, por exemplo, pode não ser um bom parâmetro. "Quando a escola ou rede vai analisar os resultados é preciso olhar criticamente e levar em consideração coisas que os indicadores escondem", afirma o especialista.
O índice, por exemplo, não leva em conta o contexto social e econômico dos alunos - fator que pode influenciar o processo de aprendizagem e o desempenho final do estudante. Ele mede o "ponto de chegada", mas não o "ponto de partida" da escola, explica Gremaud. Por isso uma estratégia interessante é comparar os resultados da escola com outras unidades da mesma rede de ensino que atendam um público semelhante.
"Se você procura uma escola que tem condições próximas, mas um desempenho melhor, é sinal de que é preciso avaliar alguns processos. A direção pode comparar, por exemplo, se a equipe da outra escola passou por algum processo de treinamento diferenciado ou se o currículo é organizado de uma forma diferente. É olhar um pouco o que está dando certo em outros lugares", diz Gremaud.
O especialista aponta que os índices educacionais não são "perfeitos", mas são um bom parâmetro. "Indicadores são limitados, a Prova Brasil é uma prova de português e matemática, ela não leva em conta que as condições socioeconômicas dos alunos são diferentes. Por isso as escolas têm que ler os indicadores com uma certa calma", afirma.
A consulta ao Ideb de uma escola da rede municipal ou estadual e as metas que devem ser atingidas a cada dois anos estão disponíveis para consulta na internet.

Fonte:http://noticias.terra.com.br

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Programa de educação profissional integrará o Plano Brasil Sem Miséria



As ações Brasil Alfabetizado, Mais Educação e Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec), do Ministério da Educação, integram o Plano Brasil Sem Miséria, apresentado nesta quinta-feira, 2, pela presidenta Dilma Rousseff. O objetivo do plano é tirar 16,2 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014. Uma das metas do Plano Brasil Sem Miséria é a capacitação de 1,7 milhão de pessoas nas cidades. Para isso, o governo contará, entre outras ações, com o Pronatec, que tem como objetivo expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos técnicos e profissionais de nível médio.

O programa Mais Educação, que visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar e a educação integral, e o programa Brasil Alfabetizado, voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos, serão ampliados no âmbito do plano.
O Brasil Sem Miséria terá ações nacionais e regionais baseadas em três eixos: renda, inclusão produtiva e serviços públicos. No campo, o objetivo central será aumentar a produção dos agricultores. Na cidade, qualificar mão de obra e identificar oportunidades de emprego para os mais pobres.