Aprovação do Plano Nacional da Educação (PNE) é hoje o maior desafio e ao mesmo tempo a grande aposta de mudanças reais para a educação do Brasil. Para a presidenta da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Ampae) e Coordenadora de Fórum Estadual de Educação do Pernambuco Márcia Ângela Aguiar, a partir do PNE será possível estruturar o sistema de educação brasileiro, até então, inexistente. "A educação no Brasil sempre foi tratada como política de governo e não de Estado. O maior desafio é mudar o ideário de educação. A formação do ser humano não pode ser reduzida ao ponto de vista do empreendedor e de gerências nas questões educacionais", disse a professora.
Durante o seminário "Os Desafios da Educação no Nordeste e o papel dos Meios de Comunicação", realizado pela Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, na última quarta-feira, a pedagoga falou da necessidade urgente de aprovação ainda este ano do PNE, sob pena de alterações profundas e possível 'engavetamento", caso fique para 2012, ano de eleições. A previsão inicial era agosto passado.
O projeto de lei, número 3085/2010, foi criado a partir da realização do Congresso Nacional de Educação (Conae), em 2010, com participação de educadores e gestores de todo país e encaminhado para o Congresso Nacional, para votação. Com 20 metas estabelecidas, que se desdobram em diversas estratégias de implantação de 2011 até 2020, o projeto inicial recebeu cerca de 2,5 mil emendas em um ano.
Durante o seminário "Os Desafios da Educação no Nordeste e o papel dos Meios de Comunicação", realizado pela Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, na última quarta-feira, a pedagoga falou da necessidade urgente de aprovação ainda este ano do PNE, sob pena de alterações profundas e possível 'engavetamento", caso fique para 2012, ano de eleições. A previsão inicial era agosto passado.
O projeto de lei, número 3085/2010, foi criado a partir da realização do Congresso Nacional de Educação (Conae), em 2010, com participação de educadores e gestores de todo país e encaminhado para o Congresso Nacional, para votação. Com 20 metas estabelecidas, que se desdobram em diversas estratégias de implantação de 2011 até 2020, o projeto inicial recebeu cerca de 2,5 mil emendas em um ano.
ArquivoComputadores em sala de aula: uso de tecnologia melhora o aprendizado de crianças, mas a informática ainda é um sonho na rede pública
O substitutivo proposto pelo deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), aponta modificações significativas como a incorporação da descrição dos insumos necessários para a qualidade do ensino, o chamado "custo-aluno", e mecanismos de controle social. E pontos polêmicos, como não definir as competências de cada ente federativo e de concepção de metas, além de fixar em 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país a parte orçamentária destinada à educação. Entidades educacionais reivindicam 10% do PIB, enquanto o governo defende os 7% assegurados em campanha eleitoral.
Durante o evento, o presidente da Fundação Joaquim Nabuco apresentou plano de ação do órgão, vinculado ao MEC, de ampliação das ações para todo o Nordeste. O plano consta de 26 metas, com programas em ensino, pesquisa e tecnologia, a serem executadas em curto, médio e longo prazo - entre 2012 a 2020.
Aliar tecnologia e educação é uma das propostas para melhorar os níveis educacionais e diminuir o descompasso de tempos e metodologias entre os principais agentes do processo educacional - escola, professores e alunos - que corroboram para o mau resultado nas escolas públicas do país, explica o secretário de Educação de Pernambuco Anderson Gomes. Nesse sentido, o Estado vizinho irá fornecer, a partir de fevereiro do próximo ano, a 2 mil estudantes do ensino médio de escolas estaduais, equipamentos tablets equipados com softwares de aulas e chips que permitem a supervisão de conteúdo por parte dos professores. A aquisição representa um investimento de R$ 1,6 milhão. Os professores receberão capacitação para uso da nova tecnologia, dentre outros cursos, e as escolas sinal de internet sem fio.
"Não se pode educar bem com escolas do século 19, professores com formação do século 20 e estudantes do século 21. É preciso que estejam sintonizados no mesmo tempo", frisa Anderson Gomes. Entretanto, o secretário afirma que as tecnologias são complementares. Para otimizar o tempo de aula, o processo de chamada será substituído por leitor digital. "Esperamos com isso ganhar 15 minutos no tempo de aula", afirma.
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