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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Gleisi Hoffmann ressalta importância da educação como ferramenta de mobilidade social

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, destacou, nesta segunda-feira (8/8), que a educação é ferramenta fundamental para garantir a ascensão social. “A nova classe média pede educação e o Brasil precisa cada vez mais de pessoas qualificadas”, afirmou a ministra, que representou a presidenta Dilma Rousseff na abertura do Seminário Políticas Públicas para a Nova Classe Média, promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE), em Brasília. Citando recente discurso da presidenta, a ministra lembrou que “o caminho para que o Brasil construa uma sociedade mais justa passa pela educação”.
Segundo a ministra, o governo não tem medido esforços em consolidar um modelo econômico inclusivo, que garanta a ascensão de 30 milhões de brasileiros que entraram na classe média nos últimos 10 anos. “Queremos continuar crescendo, gerando empregos e distribuindo renda”, afirmou Hoffmann, lembrando que o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a se recuperar dos efeitos iniciais da crise econômica internacional.
Em seu discurso, Hoffmann destacou a importância do processo iniciado pela SAE em traçar o perfil da nova classe média e pensar políticas públicas para o setor. “À frente da SAE, o ministro Moreira Franco vem conduzindo importantes diálogos e debates, em âmbito nacional, sobre os rumos a serem adotados pelo governo e a sociedade para que o Brasil se consolide como uma grande e verdadeira democracia”, concluiu a ministra.

Fonte: Agência de Notícias Estratégicas da SAE

Estudo mostra 'abismo' educacional entre classes média e alta

Com a adesão de cerca de 40 milhões de pessoas na última década, a classe média tornou-se majoritária no Brasil, englobando 52% da população. Mas a ambição do grupo por novas chances de ascensão pode ser bloqueada pelo abismo educacional que o separa da classe alta, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE).
Feito com base na última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), de 2009, o levantamento revela que, embora os índices educacionais da classe média tenham avançado bastante nos últimos anos, seguem distantes dos da classe alta: ao passo que 87% dos brasileiros mais ricos concluem o ensino médio, apenas 59% da classe média alcançam o mesmo estágio.
O grupo também fica muito atrás quanto a anos de estudo e gastos com educação. Enquanto cada membro da classe média despende, em média, R$ 52 com educação por mês, entre os mais ricos, o gasto chega a R$ 220.
Batizada de A Classe Média em Números, a pesquisa traça os perfis das três faixas de renda brasileiras (baixa, média e alta) conforme critérios educacionais, habitacionais e regionais e define como classe média os brasileiros com renda familiar mensal entre R$ 1.000 e R$ 4.000.
Segunda faixa mais numerosa, a classe baixa representa 34% da população; já a classe alta é engloba 12% do total dos brasileiros.
Acesso às universidades
Para o secretário de Assuntos Estratégicos da SAE, Ricardo Paes de Barros, "o acesso à educação é a grande diferença entre as classes média e alta".
Segundo ele, o levantamento mostra que a classe média dá crescente importância à educação - o grupo vem investindo quantias cada vez maiores com os estudos.
Para reduzir a distância que a separa da classe alta, porém, Paes de Barros diz ser necessário dar maior ênfase à qualidade do ensino médio público e ampliar o acesso da classe média às universidades e ao ensino técnico.
O acesso à cultura também se mostra uma grande barreira entre os dois grupos: enquanto cada integrante da classe média gasta R$ 37 por mês com recreação e cultura, os mais ricos gastam R$ 127.
Nesse caso, o secretário afirma que a classe média tem a desvantagem de crescer mais em cidades médias e pequenas, onde a oferta de bens culturais é menor. "Precisamos ver como levar cultura até eles", disse à BBC Brasil.
Bens e serviços
A pesquisa revela ainda disparidades entre os grupos populacionais quanto ao acesso a bens e serviços. Apenas 30% da classe média tem acesso à internet em casa, índice bem inferior ao da classe alta (72%). O telefone fixo está presente em 48% dos domicílios de classe média e em 81% dos lares mais ricos.
Há ainda diferenças significativas no acesso a saneamento adequado (76% na classe média, 92% na alta) e gastos com saúde (R$ 135 por mês por pessoa na classe média, R$ 438 na alta).

Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5285542-EI8266,00-Estudo+mostra+abismo+educacional+entre+classes+media+e+alta.html