Em audiência no Senado, Mercadante afirma que quer criar um programa de intercâmbio para professores
São Paulo - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira, em audiência pública no Senado, que irá incluir a disciplina ciências na Prova Brasil, a principal avaliação da educação básica. O exame, aplicado pelo Ministério da Educação (MEC) aos alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental a cada dois anos, até o momento mede apenas o desempenho em matemática e português.
Mercadante não disse se a mudança já valerá para a próxima edição da prova, marcada para 2013. O exame é um dos principais componentes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que avalia a qualidade do ensino oferecido por escolas, municípios e Estados. A última edição foi aplicada em 2011 e os resultados do Ideb serão divulgados neste ano. Todas as redes de ensino e escolas têm metas a serem atingidas até 2022, estipuladas em 2007 pelo MEC.
Com a inclusão de ciências na Prova Brasil, o exame fica mais próximo ao Programa Internacional de Avaliação (Pisa). O teste internacional é aplicado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em mais de 60 países e mede as habilidades dos alunos em linguagens, matemática e ciências. O Brasil melhorou seu desempenho no programa de 2000 a 2010, mas continua nas últimas posições do ranking.
O ministro disse também que quer criar um programa de intercâmbio para professores com bom desempenho ou que atuem nas escolas com melhor Ideb. A ideia é que, por meio do Escola sem Fronteira, os docentes possam fazer visitas a colégios que desenvolvam boas práticas de ensino, tanto no Brasil quanto no exterior. “Será um incentivo à sua dedicação e aos seus resultados. Isso pode ocorrer especialmente nas férias e quando ele voltar será uma liderança regional sobre as práticas inovadoras que vai conhecer”, destacou. Para o ministro, a formação de professores e a alfabetização infantil devem ser prioridades do governo.
Pré-sal
Mercadante defendeu a vinculação dos royalties do pré-sal à educação “pelo menos por uma década”. Para o ministro essa reivindicação é mais fácil de ser atendida do que a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação, como defendem especilistas, estudantes e movimentos da sociedade civil em prol da educação. Segundo o ministro, é "mais fácil chegar a um acordo sobre uma receita que ainda não existe", do que sobre o PIB, que já está repartido para diferentes àreas.
As informações são do IG
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